Oposição síria se unifica para obter mais apoio
O acordo deste domingo poderá dar impulso à concessão de mais ajuda internacional aos rebeldes sírios
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2012 às 08h07.
Doha - Os diferentes grupos que combatem o regime do presidente Bashar Assad na Síria concordaram em formar uma liderança unificada, que incluirá representantes de várias organizações. A oposição síria tem estado profundamente dividida, apesar das pressões de seus apoiadores no Ocidente e em vários países árabes para que criassem uma liderança coesa e representativa, que pudesse servir de conduíte único para a ajuda estrangeira na forma de dinheiro e armas.
O acordo, alcançado neste domingo ao fim de mais de uma semana de reuniões em Doha, no emirado do Qatar, poderá dar impulso à concessão de mais ajuda internacional aos rebeldes. "Concordamos com uma plataforma ampla e todos os partidos de oposição, sem exceções, estão apoiando essa iniciativa", disse Ali Sadr el-Din, ex-dirigente da Irmandade Muçulmana Síria. Segundo ele, a nova liderança será chamada de Coalizão Nacional Síria de Forças Revolucionárias e de Oposição. Esperava-se que a escolha do presidente do novo grupo fosse eleito ainda na noite de domingo.
Numa tentativa de ser mais representatividade e de reduzir a influência de políticos sírios exilados em Londres ou nos EUA, considerados sem contato com as realidades do conflito, a nova coalizão oposicionista vai incluir ativistas e comandantes rebeldes que atuam dentro da Síria. O Conselho nacional Sírio (SNC), considerado o maior grupo de oposição ao regime de Assad e formado basicamente por exilados, inicialmente resistiu à ideia de criar uma nova coalizão. No fim das contas, o SNV terá 22 dos 60 assentos no Conselho da Coalizão.
O secretário-geral do SNC, Bassam Ishak, disse que a nova liderança "é um passo adiante, importante e positivo. Esse novo corpo vai ajudar a mobilizar mais apoio e recursos internacionais para a oposição síria". Esta semana, revelou-se que metade dos US$ 40,5 milhões em doações recebidas pela oposição síria no último mês foram dados pelo governo da Líbia, outro país da região cujo governo foi derrubado por forças apoiadas pelo Ocidente. A reunião de Doha foi convocada depois de a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, fazer críticas ao SNC e dizer que a oposição síria precisava formar uma liderança que possa obter mais apoio internacional.
Em Damasco, o ministro da Informação da Síria, Omran al-Zoubi, disse que a reunião em Doha é "uma tolice política". Falando á emissora estatal de televisão, ele afirmou que "aqueles que se reúnem em hotéis no exterior estão iludindo a si mesmos".
O rascunho do acordo concluído neste domingo prevê a formação de um governo transitório assim que a coalizão conseguir aprovação internacional. O levante armado contra o regime de Assad começou em março de 2011 e já deixou 36 mil mortos, de acordo com estimativas da oposição. As informações são da Associated Press.
Doha - Os diferentes grupos que combatem o regime do presidente Bashar Assad na Síria concordaram em formar uma liderança unificada, que incluirá representantes de várias organizações. A oposição síria tem estado profundamente dividida, apesar das pressões de seus apoiadores no Ocidente e em vários países árabes para que criassem uma liderança coesa e representativa, que pudesse servir de conduíte único para a ajuda estrangeira na forma de dinheiro e armas.
O acordo, alcançado neste domingo ao fim de mais de uma semana de reuniões em Doha, no emirado do Qatar, poderá dar impulso à concessão de mais ajuda internacional aos rebeldes. "Concordamos com uma plataforma ampla e todos os partidos de oposição, sem exceções, estão apoiando essa iniciativa", disse Ali Sadr el-Din, ex-dirigente da Irmandade Muçulmana Síria. Segundo ele, a nova liderança será chamada de Coalizão Nacional Síria de Forças Revolucionárias e de Oposição. Esperava-se que a escolha do presidente do novo grupo fosse eleito ainda na noite de domingo.
Numa tentativa de ser mais representatividade e de reduzir a influência de políticos sírios exilados em Londres ou nos EUA, considerados sem contato com as realidades do conflito, a nova coalizão oposicionista vai incluir ativistas e comandantes rebeldes que atuam dentro da Síria. O Conselho nacional Sírio (SNC), considerado o maior grupo de oposição ao regime de Assad e formado basicamente por exilados, inicialmente resistiu à ideia de criar uma nova coalizão. No fim das contas, o SNV terá 22 dos 60 assentos no Conselho da Coalizão.
O secretário-geral do SNC, Bassam Ishak, disse que a nova liderança "é um passo adiante, importante e positivo. Esse novo corpo vai ajudar a mobilizar mais apoio e recursos internacionais para a oposição síria". Esta semana, revelou-se que metade dos US$ 40,5 milhões em doações recebidas pela oposição síria no último mês foram dados pelo governo da Líbia, outro país da região cujo governo foi derrubado por forças apoiadas pelo Ocidente. A reunião de Doha foi convocada depois de a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, fazer críticas ao SNC e dizer que a oposição síria precisava formar uma liderança que possa obter mais apoio internacional.
Em Damasco, o ministro da Informação da Síria, Omran al-Zoubi, disse que a reunião em Doha é "uma tolice política". Falando á emissora estatal de televisão, ele afirmou que "aqueles que se reúnem em hotéis no exterior estão iludindo a si mesmos".
O rascunho do acordo concluído neste domingo prevê a formação de um governo transitório assim que a coalizão conseguir aprovação internacional. O levante armado contra o regime de Assad começou em março de 2011 e já deixou 36 mil mortos, de acordo com estimativas da oposição. As informações são da Associated Press.