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Oposição francesa pede moção de censura contra Macron

Macron enfrenta a pior crise política de seu mandato desde que membros do governo afirmaram que a Presidência trataria o escândalo com guarda-costas

Críticos dizem que o gabinete de Macron falhou por não punir de forma suficiente o chefe de sua equipe de segurança pessoal (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Críticos dizem que o gabinete de Macron falhou por não punir de forma suficiente o chefe de sua equipe de segurança pessoal (Gonzalo Fuentes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2018 às 13h44.

Paris - O partido conservador de oposição da França disse nesta terça-feira que pediu uma moção de censura contra o governo devido à crise provocada por um guarda-costas do presidente Emmanuel Macron, que foi filmado espancando manifestantes durante protestos no feriado de 1º de Maio.

Macron atravessa a pior crise política de seu mandato desde que o ministro do Interior e um chefe de polícia disseram, na segunda-feira, que a Presidência lhes comunicou ainda em maio que trataria da questão com o guarda-costas.

Críticos dizem que o gabinete de Macron falhou por não punir de forma suficiente o chefe de sua equipe de segurança pessoal ou encaminhá-lo às autoridades judiciais porque o líder se afastou das pessoas comuns desde que tomou posse 14 meses atrás.

"O governo falhou e deve ser responsabilizado diante do Parlamento", disse o líder do partido Republicanos na câmara baixa do Parlamento, Christian Jacob, aos repórteres.

Uma moção de censura dificilmente derrubará o governo Macron, que tem uma maioria robusta no Parlamento.

O ministro do Interior, Gérard Collomb, disse a parlamentares durante um depoimento na segunda-feira que não agiu porque a Presidência lhe garantiu no dia 2 de maio que o guarda-costas Alexandre Benalla seria punido. O chefe de polícia de Paris reiterou tais comentários.

Benalla se tornou alvo de uma investigação no domingo, depois de ser identificado em imagens dos protestos em Paris. Ele estava fora do horário de trabalho e usava um capacete de tropa de choque e insígnias da polícia mesmo estando infiltrado como observador.

Macron demitiu Benalla na sexta-feira, mas não comentou o caso publicamente desde que ele veio à tona uma semana atrás.

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