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Oposição da Venezuela adia processo contra Maduro

Maduro se encontrou com líderes da oposição no domingo para o início de negociações para aliviar o impasse político

Maduro: a oposição também concordou em adiar uma passeata planejada para quinta-feira até o palácio presidencial (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)
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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2016 às 21h44.

Caracas - A Venezuela libertou três ativistas, e a oposição adiou nesta terça-feira um julgamento simbólico do presidente do país, Nicolás Maduro , no Congresso, alertando ao mesmo tempo que deixaria o diálogo apoiado pelo Vaticano em dias se condições duras não forem cumpridas.

Maduro se encontrou com líderes da oposição no domingo para o início de negociações para aliviar o impasse político entre o Partido Socialista, no governo, e o Parlamento liderado pela oposição, em meio à crescente crise econômica.

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Além de suspender os procedimentos parlamentares contra Maduro, a oposição também concordou em adiar uma passeata planejada para quinta-feira até o palácio presidencial, ato que o governo descreve como parte de um plano de golpe.

Contudo, os opositores exigiram que o governo liberte cerca de 100 ativistas presos e antecipe as próximas eleições presidenciais, condições que devem provavelmente enfrentar forte resistência dos líderes do governo.

As próximas eleições presidenciais na Venezuela estão previstas para o fim de 2018.

"Nós colocamos esses pontos na mesa não para que eles sejam tratados em meses, mas nos próximos dias e semanas", declarou Julio Borges, líder opositor no Parlamento, durante sessão desta terça. "Caso contrário, vamos deixar a mesa de negociações e continuar com a nossa luta."

Sem avanços concretos, disse Borges, a oposição reabriria o julgamento político e retomaria as manifestações. Centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas na semana passada em protestos que resultaram em dezenas de presos e feridos.

Os adversários de Maduro o acusam de criar uma ditadura ao se apoiar em instituições condescendentes para bloquear um referendo revogatório e marginalizar a Assembleia.

O Partido Socialista perdeu o controle do Parlamento numa eleição em 2015 que foi pautada principalmente pela revolta dos eleitores por causa da inflação de três dígitos e a falta generalizada de produtos que tem impossibilitado muitos de comer três refeições por dia.

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