Operação em região síria de Ghouta está "quase encerrada", diz Rússia
Rússia e a facção rebelde controlando Douma, a última cidade de Ghouta ainda sob comando insurgente, disseram que ainda estão negociando o destino da cidade
Reuters
Publicado em 29 de março de 2018 às 19h08.
Beirute - A grande ofensiva do Exército sírio apoiada pela Rússia nos subúrbios do leste de Damasco está quase encerrada, com rebeldes agrupados em somente uma única cidade após abandonarem o restante do enclave de Ghouta oriental, informou Moscou nesta quinta-feira.
A Rússia e a facção rebelde controlando Douma, a última cidade de Ghouta ainda sob comando insurgente, disseram que ainda estão negociando o destino da cidade. Moscou disse que viu uma chance de insurgentes restantes deixarem Douma.
Milhares de combatentes aceitaram acordos mediados pela Rússia para deixar outras partes do enclave na semana passada com suas famílias em ônibus fornecidos pelo governo, dando a eles passagem livre para outras áreas tomadas por insurgentes. Dezenas de milhares de outros civis ficaram para trás para aceitar o comanda estatal, e dezenas de milhares a mais fugiram pela linha de frente.
A queda do controle rebelde em Ghouta oriental, após uma das campanhas mais ferozes na guerra de sete anos, deu aos insurgentes a pior derrota desde que foram afastados de Aleppo em 2016.
Em entrevista coletiva semanal, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que a "operação antiterrorismo" em Ghouta oriental havia quase terminado, de acordo com a agência de notícias estatal RIA.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, disse que pode haver progresso em conversas com combatentes do grupo Jaish al-Islam, que controla Douma, relatou a RIA.
Ghouta oriental, um centro do levante de 2011 contra o presidente Bashar al-Assad, era até o mês passado o maior e mais populoso reduto rebelde remanescente próximo à capital.
Sua captura irá completar uma série de batalhas vitoriosas do governo do presidente Bashar al-Assad desde que a Rússia enviou sua força aérea para se juntar ao seus esforços contra a rebelião em setembro de 2015, tornando sua posição inatacável.