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OPAQ faz reunião sobre caso Skripal a pedido da Rússia

A Organização para a Proibição das Armas Químicas fará uma reunião extraordinária em sua sede para tratar do caso do envenenamento do ex-espião russo

Caso Skripal: o ex-espião e sua filha foram envenenados no início de março na Inglaterra (Morris MacMatzen/Getty Images)
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AFP

Publicado em 3 de abril de 2018 às 11h12.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 11h17.

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) se reunirá nesta quarta-feira para tratar das alegações britânicas contra a Rússia , acusada de ser responsável pelo envenenamento do ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha, segundo comunicado publicado nesta terça-feira.

"O presidente do Conselho Executivo recebeu um pedido do representante permanente da Rússia para convocar uma reunião extraordinária em relação ao incidente de Salisbury (Inglaterra)", segundo o documento.

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A reunião será realizada na sede OPAQ em Haia.

Serguei Skripal foi envenenado ao lado da filha Yulia no dia 4 de março em Salisbury com um agente derivado, segundo as autoridades britânicas, de um programa químico do período soviético.

Londres considera que a responsabilidade de Moscou neste caso é "a única plausível", apesar dos desmentidos do governo russo.

O chanceler de Moscou, Serguei Lavrov, insinuou na segunda-feira que Londres poderia estar por trás do envenenamento, ao afirmar que o caso ajuda o país a criar uma distração para os problemas ao redor do Brexit.

O representante da Rússia na OPAQ, Alexander Shulgin, pediu uma reunião para "tratar as alegações do desrespeito da Convenção da parte de um Estado parte a outro Estado parte sobre o incidente de Salisbury".

"Pedimos que este ponto da agenda ou parte deste seja discutido pelo Conselho em uma sessão confidencial", afirmou Shulgin em uma carta.

A justiça britânica autorizou em 22 de março a coleta de mostras de sangue dos Skripal, o que dever permitir que a OPAQ realize a própria análise da substância utilizada para o envenenamento. Londres afirma que é um agente da família Novichok.

O incidente de Salisbury provocou uma das piores crises diplomáticas dos últimos anos entre Moscou e o Ocidente.

 

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