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Opaq anuncia adesão dos palestinos a Convenção sobre Armas Químicas

Apesar do não reconhecimento de Israel, a Palestina é considerada Estado não membro na ONU desde 2012 e fazem parte de quase 50 organizações internacionais

Gaza: a adesão palestina entrará em vigor em 16 de junho (/Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
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AFP

Publicado em 23 de maio de 2018 às 09h52.

Os palestinos decidiram aderir à Convenção sobre as Armas Químicas, anunciou nesta quarta-feira a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), criada pelos Estados participantes e com sede em Haia.

"O Estado da Palestina depositou o instrumento de adesão à Convenção sobre as Armas Químicas", destacou a OPAQ em um comunicado. O "193º Estado signatário", afirmou um porta-voz da organização à AFP.

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A Autoridade Palestina, que milita pela criação de um Estado próprio, busca o reconhecimento das instituições internacionais. Israel tenta contra-atacar sistematicamente estas tentativas com uma intensa campanha diplomática.

Os palestinos dispõem de um status de Estado observador não membro na ONU desde 2012 e aderiram a quase 50 acordos e organizações internacionais, segundo o ministério palestino das Relações Exteriores.

Entre estas figuram a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e o Tribunal Penal Internacional (TPI).

Em setembro, os palestinos também receberam o status de membro de pleno direito da Interpol, a organização de cooperação policial internacional.

A Convenção sobre as Armas Químicas está em vigor em 192 países e mais de 96% das reservas declaradas de armas químicas di planeta foram destruídas sob a supervisão da OPAQ.

"A adesão da Palestina à Convenção entrará em vigor em 16 de junho", anunciou a organização.

O anúncio da adesão aconteceu um dia depois de uma visita do ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al Maliki, ao TPI

Os palestinos solicitaram na quarta-feira ao Tribunal Penal Internacional (TPI) uma investigação sobre supostos crimes de guerra israelenses na Faixa de Gaza, após a morte de 60 manifestantes palestinos por tiros de soldados israelenses no dia 14 de maio na fronteira com o Estado hebreu.

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