Mundo

ONU prepara renovação de 5 assentos rotativos no Conselho de Segurança

Votação prevê a Guatemala como futuro membro representante dos países da América Latina e do Caribe

Eles ocuparão os postos temporários que ficarão livres quando terminar o mandato de Brasil, Bósnia, Gabão, Líbano e Nigéria (Roberto Stuckert Filho/PR)

Eles ocuparão os postos temporários que ficarão livres quando terminar o mandato de Brasil, Bósnia, Gabão, Líbano e Nigéria (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 19h41.

Nações Unidas - A ONU votará nesta sexta-feira a eleição de cinco novos países para ocupar os postos que a partir de janeiro ficarão vacantes entre os membros não-permanentes do Conselho de Segurança, uma votação que prevê a Guatemala como futuro membro representante dos países da América Latina e do Caribe.

A Assembleia Geral da ONU elege assim nesta sexta-feira os cinco Estados-membros que tomarão o bastão para o período 2012-2013 nos postos temporários que ficarão livres quando terminar o mandato de Brasil, Bósnia, Gabão, Líbano e Nigéria no principal órgão internacional de segurança.

Estão em jogo cinco dos dez postos reservados para membros não-permanentes, colocando vários países na disputa por cada grupo regional que propõe as nomeações, mas por enquanto a Guatemala é o único candidato do Grupo de Países Latino-americanos e do Caribe (Grulac), o que faz dela a favorita.

A Guatemala, que apesar de ser membro fundador da ONU jamais foi membro do Conselho de Segurança, substituirá o Brasil e contará com a companhia de outro país latino-americano, a Colômbia, cujo mandato expira no final de 2012.


Dos outros quatro postos, dois correspondem ao grupo de países africanos - atualmente ocupados pelo Gabão e Nigéria -, um aos asiáticos - ostentado atualmente pelo Líbano - e outro aos da Europa do Leste - ocupado por Bósnia.

Para todos eles há diversos candidatos. Destaca-se a disputa no grupo africano pelo chamado "assento árabe", que muda entre países africanos e asiáticos a cada dois anos e pelo qual agora concorrem ao mesmo tempo Mauritânia e Marrocos.

Os dois países já estiveram anteriormente no Conselho de Segurança: Mauritânia em 1974-1975 e Marrocos nos períodos 1963-1964 e 1992-1993.

A possibilidade de o Marrocos assumir o posto levantou as críticas da Frente Polisário do Saara Ocidental, cujos representantes consideram que Rabat não pode ser representada em um órgão que tem em sua agenda de trabalho a resolução do conflito entre marroquinos e saarauis.


O outro assento africano estaria em princípio fora de disputa e acabaria em poder do Togo, país que já esteve no Conselho de Segurança no período 1982-1983.

Para a vaga asiática, concorrem Quirguistão, que nunca esteve presente no Conselho de Segurança, e Paquistão, que esteve representado em seis ocasiões repartidas em cada uma das últimas seis décadas.

Pelo posto para a Europa do Leste, disputam Azerbaijão, que jamais esteve representado; Eslovênia, que esteve presente como Estado independente no Conselho em 1998-1999; e Hungria, que alcançou uma vaga em 1968-1969 e em 1992-1993.

Para que um país seja eleito, independente se ele conta com o respaldo unânime de seu grupo regional, deve obter os votos de dois terços dos membros da Assembleia Geral que estejam presentes na votação. Se o plenário estiver completo, com os 193 membros presentes, são necessários 129 votos afirmativos.


O Conselho de Segurança da ONU está composto por 15 membros, cinco dos quais permanentes - Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China -, enquanto os outros dez se revezam por períodos de dois anos, os conhecidos como membros não-permanentes ou membros rotativos.

Desses dez membros, expira em dezembro o mandato de Brasil, Bósnia, Gabão, Líbano e Nigéria, enquanto permanecerão até o fim de 2012 Alemanha, Colômbia, Índia, Portugal e África do Sul.

Acompanhe tudo sobre:Conselho de Segurança da ONUONUPolítica

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia