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ONU preocupada por violência xenofóbica na África do Sul

Segundo ela, 50% dos estrangeiros que fugiram da violência são pessoas sem documentos que entraram na África de forma ilegal

Distúrbios durante protestos xenófobos em Johannesburgo: deslocados foram levados a quatro refúgios, mas são necessárias mais instalações para acolhê-los (Mujahid Safodien/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 11h40.

Genebra - Mais de 5.000 estrangeiros, sobretudo demandantes de asilo e refugiados africanos, foram deslocados pelos episódios de violência xenofóbica que atingem a África do Sul há três semanas, indicou a ONU , que disse estar muito preocupada.

"Na África do Sul, os ataques xenofóbicos nas últimas três semanas mataram seis pessoas e deslocaram mais de 5.000 estrangeiros, incluindo refugiados e demandantes de asilo, na província de Kwazulu-Natal", declarou um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Adrian Edwards, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

"A maior parte (dos deslocados) é originária de países africanos", explicou outra porta-voz da ACNUR, Karin de Gruijil. Trata-se, sobretudo, de "demandantes de asilo" que procedem, em sua maioria, "de Moçambique, do Malauí e do Zimbábue".

Segundo ela, 50% dos estrangeiros que fugiram da violência são pessoas sem documentos que entraram na África de forma ilegal.

"O ACNUR está muito preocupado. Celebramos a resposta do governo que tenta conter a situação e ajudar os que tiveram que fugir de suas casas", disse Edwards.

"Os afetados por estes ataques xenofóbicos são refugiados e demandantes de asilo que tiveram que abandonar seus países por culpa da guerra e das perseguições. Estão na África do Sul e precisam ser protegidos", acrescentou.

A agência da ONU enviou uma equipe a Durban para avaliar a situação.

Os deslocados foram levados a quatro refúgios, mas são necessárias mais instalações para acolhê-los, explicou o ACNUR.

As condições de vida nestes centros são muito básicas e devem ser melhoradas para responder às necessidades de saúde dos estrangeiros, alertou Edwards.

Outros estrangeiros encontraram refúgio nas mesquitas, igrejas e em outros edifícios.

Em 2008, distúrbios xenofóbicos deixaram 62 mortos na África do Sul e dezenas de milhares de deslocados.

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Genebra - Mais de 5.000 estrangeiros, sobretudo demandantes de asilo e refugiados africanos, foram deslocados pelos episódios de violência xenofóbica que atingem a África do Sul há três semanas, indicou a ONU , que disse estar muito preocupada.

"Na África do Sul, os ataques xenofóbicos nas últimas três semanas mataram seis pessoas e deslocaram mais de 5.000 estrangeiros, incluindo refugiados e demandantes de asilo, na província de Kwazulu-Natal", declarou um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Adrian Edwards, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

"A maior parte (dos deslocados) é originária de países africanos", explicou outra porta-voz da ACNUR, Karin de Gruijil. Trata-se, sobretudo, de "demandantes de asilo" que procedem, em sua maioria, "de Moçambique, do Malauí e do Zimbábue".

Segundo ela, 50% dos estrangeiros que fugiram da violência são pessoas sem documentos que entraram na África de forma ilegal.

"O ACNUR está muito preocupado. Celebramos a resposta do governo que tenta conter a situação e ajudar os que tiveram que fugir de suas casas", disse Edwards.

"Os afetados por estes ataques xenofóbicos são refugiados e demandantes de asilo que tiveram que abandonar seus países por culpa da guerra e das perseguições. Estão na África do Sul e precisam ser protegidos", acrescentou.

A agência da ONU enviou uma equipe a Durban para avaliar a situação.

Os deslocados foram levados a quatro refúgios, mas são necessárias mais instalações para acolhê-los, explicou o ACNUR.

As condições de vida nestes centros são muito básicas e devem ser melhoradas para responder às necessidades de saúde dos estrangeiros, alertou Edwards.

Outros estrangeiros encontraram refúgio nas mesquitas, igrejas e em outros edifícios.

Em 2008, distúrbios xenofóbicos deixaram 62 mortos na África do Sul e dezenas de milhares de deslocados.

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