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ONU pede US$ 120 milhões para ajuda humanitária na Coreia do Norte

No ano passado, as organizações só foram capazes de chegar a um terço da população à qual a ONU estava destinando sua assistência humanitária

Coreia do Norte é alvo de fortes sanções internacionais como consequência do seu programa nuclear e de mísseis (Alessandro Bianchi/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de março de 2019 às 17h39.

Nações Unidas, 6 mar (EFE).- O Plano de Necessidades e Prioridades para a Coreia do Norte publicado nesta quarta-feira pelas Nações Unidas pede que US$ 120 milhões sejam destinados à ajuda humanitária a 3,8 milhões de pessoas no país asiático.

"Cerca de 11 milhões de pessoas, mais de 40% da população, não têm acesso suficiente a comida nutritiva, água potável e acesso a serviços básicos como saúde e saneamento", disse em entrevista coletiva Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.

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O documento foi publicado apenas duas semanas depois de o governo da Coreia do Norte reivindicar ajuda internacional à ONU e outras organizações humanitárias diante da falta de comida no país.

Segundo Dujarric, as atividades humanitárias na Coreia do Norte estão "criticamente mal financiadas", já que este mesmo plano de necessidades publicado no ano passado só recebeu 24% da quantia necessária para ajudar a população.

"Sem o financiamento adequado este ano, algumas agências serão forçadas a encerrar seus projetos que estão salvando vidas e ajudando as pessoas mais vulneráveis", disse o porta-voz.

No ano passado, as organizações só foram capazes de chegar a um terço da população à qual a ONU estava destinando sua assistência humanitária.

De acordo com a organização, 1,4 milhão de pessoas não receberam ajuda alimentícia.

O país asiático foi palco nos anos 90 de uma forte crise de fome na qual, segundo diferentes estimativas, entre 250 mil e mais de três milhões de pessoas.

A Coreia do Norte é alvo de fortes sanções internacionais como consequência do seu programa nuclear e de mísseis e, embora existam isenções humanitárias, muitos analistas reconhecem que as restrições impostas contra o regime afetam também a população.

De fato, o porta-voz reconheceu nesta quarta-feira que tais sanções tiveram consequências "não propositais" sobre o povo norte-coreano.

Contudo, remeteu a questão ao Conselho de Segurança da ONU, o encarregado de instaurar as sanções, e acredita que as conversas recentes entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Coreia do Norte tenham no futuro um "resultado positivo", o que supõe uma suspensão futura das sanções. EFE

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