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ONU pede justiça e reconciliação após reconquista de Mosul

Em comunicado, o alto comissário das Nações Unidas aponta que o país deve agora "enfrentar vários desafios em termos de Direitos Humanos"

Mosul: o comunicado aponta que o governo iraquiano vai precisar restaurar o Estado de direito (Zohra Bensemra/Reuters)

Mosul: o comunicado aponta que o governo iraquiano vai precisar restaurar o Estado de direito (Zohra Bensemra/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de julho de 2017 às 10h31.

O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra'ad Al-Hussein, lançou, nesta terça-feira, um convite à "reconciliação" e "justiça", após a reconquista da cidade de Mosul pelas forças do governo iraquiano.

O Iraque "deve agora enfrentar vários desafios em termos de direitos Humanos", afirmou Zeid em um comunicado divulgado em Genebra.

"Se estas questões não forem resolvidas poderia desencadear mais violência e sofrimento para os civis", acrescentou.

"As mulheres, crianças e homens de Mosul viveram o inferno na Terra e sofreram atos atrozes de perversão e crueldade", insistiu Zeid.

O Estado Islâmico (EI) "forçou dezenas de milhares de habitantes da cidade e áreas circundantes a deixar suas casas e os usaram como escudos humanos, o que constitui um crime de guerra", indicou.

"Os combatentes podem continuar matando e aterrorizando com ataques e sequestros", alertou Zeid, que disse que o Daesh (acrônimo para Estado Islâmico em árabe) pode ser considerado "culpado de crimes internacionais".

Ele cita em particular o rapto de 1.636 mulheres e meninas e de 1.733 homens e meninos da comunidade Yazidi, sobre os quais não se têm notícias.

Desde que possível, o governo iraquiano vai precisar restaurar o Estado de direito e "garantir que os direitos Humanos e as necessidades fundamentais dos civis nas áreas reconquistadas sejam respeitadas", conclui o comunicado Zeid.

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