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ONU exige que Israel tire colonos de territórios palestinos

Segundo a organização, por causa da existência dos assentamentos, as violações dos direitos humanos dos palestinos "são sistemáticas e cotidianas"


	Jovem levanta uma bandeira palestina e pessoas rezam durante um protesto contra as colônias de Israel: o país rejeitou de modo imediato as conclusões (Ahmad Gharabli/AFP)

Jovem levanta uma bandeira palestina e pessoas rezam durante um protesto contra as colônias de Israel: o país rejeitou de modo imediato as conclusões (Ahmad Gharabli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 09h03.

Genebra - Um relatório de analistas independentes solicitado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU exige que Israel inicie de forma imediata o desmantelamento de todos os assentamentos de colonos nos territórios palestinos ocupados.

"Israel deve (…) cessar todas as atividades de colonização de forma incondicional (e) iniciar de forma imediata o processo de retirada de todos o colonos dos territórios ocupados", destaca o documento.

Por causa da existência dos assentamentos, as violações dos direitos humanos dos palestinos "são sistemáticas e cotidianas", completa o relatório, elaborado pela francesa Christine Chanet, a paquistanesa Asma Jahangir e a botsuanesa Unity Dow.

Israel rejeitou de modo imediato as conclusões e afirmou que "dificultam os esforços de paz".

O trabalho, que será apresentado em 18 de março aos 47 membros do Conselho de Direitos Humanos, também urge o Estado hebreu a "garantir uma adequada, eficaz e rápida solução para todas as vítimas palestinas pelos danos que sofreram em consequência das violações dos direitos humanos resultantes da colonização".

O Conselho dos Direitos Humanos anunciou em março de 2012 o envio de uma missão para determinar o impacto dos assentamentos sobre os direitos humanos dos palestinos.

A decisão enfureceu Israel, que rompeu todos os vínculos com o organismo. Na terça-feira, Israel boicotou uma sessão especial do Conselho que era dedicada ao país, um fato inédito na história da instância, que finalmente adiou os debates "no mais tardar para outubro-novembro de 2013".

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