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ONU deve adotar resolução contra fluxo de extremistas

A medida faz parte do esforço internacional liderado pelos EUA contra o que governo de Obama chama de ameaça "inédita" de extremistas no Iraque e na Síria


	Conselho de Segurança da ONU: autoridades norte-americanas elogiaram a decisão do conselho
 (Shannon Stapleton)

Conselho de Segurança da ONU: autoridades norte-americanas elogiaram a decisão do conselho (Shannon Stapleton)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 16h01.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve adotar uma resolução vinculativa nesta semana que exigiria que as nações impedissem seus cidadãos de viajarem para se unirem a organizações terroristas.

A medida faz parte do esforço internacional liderado pelos Estados Unidos contra o que o governo do presidente Barack Obama chama de ameaça "inédita" de extremistas no Iraque e na Síria.

Autoridades norte-americanas elogiaram a decisão do conselho - que, segundo eles, vem sendo negociada há meses - como um passo significativo na sua estratégia contra o Estado Islâmico e outras organizações militantes que atraem europeus e norte-americanos para dentro de sua zona de influência.

Mas reconheceram que a resolução da ONU não possui meios para ser aplicada e que a comunidade internacional sequer tem uma definição do que constitui um grupo terrorista.

"Isso foi projetado para meio que elevar a natureza coletiva da ameaça", uma autoridade de alto escalão do governo Obama disse a um grupo de repórteres nesta segunda-feira, sob condição de anonimato.

Os EUA e diversos países europeus já têm leis que permitem a instituição de processos legais contra cidadãos que viajam para se unirem a grupos extremistas.

A resolução da ONU tem como objetivo motivar outros países, como a Arábia Saudita, o Catar e a Turquia, a intensificarem seus esforços para evitarem o fluxo de combatentes estrangeiros.

O texto também deve facilitar a troca de informações sobre viagens internacionais e outros dados que permitam o rastreamento de possíveis recrutas, disseram as autoridades.

Segundo os oficiais, a movimentação de cerca de 15 mil militantes estrangeiros para a guerra civil na Síria - com seus efeitos colaterais no Iraque - representa um "fluxo inédito", que cria um risco crescente dessas pessoas retornarem a seus países de origem para realizarem ataques terroristas.

Eles estão particularmente preocupados com uma organização de membros de alto escalão da Al Qaeda chamada Khorasan, que supostamente estaria recrutando ocidentais para atacarem aviões norte-americanos com a ajuda de fabricantes de bombas iemenitas.

Além disso, existe a ameaça da presença de estrangeiros dentro do Estado Islâmico, incluindo o militante com sotaque britânico que apareceu em vídeos nos quais assassina dois jornalistas e um voluntário.

Obama deve presidir a reunião do Conselho de Segurança que terá início nesta quarta-feira. Está será a segunda vez que um presidente dos EUA lidera um encontro da organização. Fonte: Associated Press.

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