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ONU destaca obrigação dos países de receber refugiados

O Alto Comissário de Direitos Humanos declarou que Estados têm o direito a controlar suas fronteiras, mas também devem respeitar o direito internacional


	Refugiada com criança no colo na Áustria: o Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU fez um apelo a todos os países para que adotem rapidamente uma política migratória eficaz
 (REUTERS/Leonhard Foeger)

Refugiada com criança no colo na Áustria: o Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU fez um apelo a todos os países para que adotem rapidamente uma política migratória eficaz (REUTERS/Leonhard Foeger)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 09h59.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos reconheceu nesta segunda-feira o direito dos Estados a controlar suas fronteiras, mas destacou que eles têm a "obrigação" de receber refugiados.

"Os Estados têm o direito a controlar suas fronteiras e determinar as condições de entrada e residência em seu território. Mas também têm a obrigação de respeitar o direito internacional, o direito dos refugiados e o direito humanitário", declarou Zeid Ra'ad Al Hussein.

Por isto, ele fez um apelo a todos os países para que adotem rapidamente uma política migratória eficaz.

"Imploro aos dirigentes na África, América, Ásia e no Pacífico, como na Europa, a atuar rapidamente para criar uma política migratória global eficaz, baseada em princípios", disse.

Ele disse que está "furioso", pois o "sistema (de defesa dos direitos) consegue apenas fazer frente (à crise) com os recursos disponíveis, enquanto a miséria humana cresce".

Ao mesmo tempo, Zeid saudou "o senso de humanidade e de liderança de vários países no Oriente Médio, Jordânia, Líbano e Turquia, assim como na Europa, Alemanha e Suécia", por terem recebido refugiados e migrantes que precisavam de proteção.

Também elogiou a generosidade de várias pessoas que abriram as portas de suas casas aos refugiados.

"Na Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Suécia e inclusive no Reino Unido, apesar da xenofobia de certos jornais e políticos, pessoas comuns se ofereceram para ajudar os refugiados e migrantes", afirmou.

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