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ONU anuncia início de negociações de paz sobre o Iêmen

A reunião permitirá "restaurar a dinâmica de um processo de transição política sob a égide dos iemenitas", declarou o secretário-geral da ONU


	A reunião permitirá "restaurar a dinâmica de um processo de transição política sob a égide dos iemenitas"
 (Fayez Nureldine/AFP)

A reunião permitirá "restaurar a dinâmica de um processo de transição política sob a égide dos iemenitas" (Fayez Nureldine/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 13h44.

Nova York - As negociações de paz sobre o conflito que atinge o Iêmen começarão no dia 28, em Genebra, anunciou nesta quarta-feira um porta-voz das Nações Unidas (ONU).

A reunião permitirá "restaurar a dinâmica de um processo de transição política sob a égide dos iemenitas", declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

A conferência deveria ter sido anunciada na semana passada, mas as Nações Unidas exigiram um cessar-fogo antes que as negociações ocorressem.

O anúncio foi feito após a intensificação dos ataques aéreos no Iêmen por parte da coalizão liderada pela Arábia Saudita, três dias depois da expiração de uma trégua humanitária.

Ban espera que a reunião de Genebra "ajude o Iêmen a relançar o processo político, a reduzir os níveis de violência e a aliviar uma situação humanitária intolerável", segundo o comunicado de seu porta-voz.

Continua sendo incerto, de qualquer forma, se os rebeldes xiitas huthis planejam participar da reunião.

A coalizão não renovou a trégua finalizada no fim de semana depois de acusar os rebeldes, apoiados pelo Irã, de terem aproveitado o cessar-fogo para se reforçar.

Negociações de paz anteriores conduzidas pela ONU foram suspensas após a ofensiva dos huthis no último outono (do hemisfério norte). Em setembro, os rebeldes ocuparam regiões do oeste e do centro do país, incluindo Sanaa, a capital, em janeiro.

No dia 26 de março a coalizão lançou uma campanha de ataques aéreos respondendo ao apelo do presidente iemenita, Abd Rabbo Mansur Hadi, para frear o avanço dos xiitas no sul.

O conflito deixou cerca de 2.000 mortos e provocou o deslocamento forçado de mais de 545.000 pessoas, segundo a ONU.

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