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ONGs denunciam Mattel por violações de direitos na China

Fabricante americana de brinquedos Mattel explora trabalhadores na China ao recorrer a fornecedores culpados de violações do direito trabalhista, denunciam ONGs

Visão geral de estande da Mattel em exposição: funcionários trabalham até 13 horas por dia por um salário indigno e dormem em quartos lotados, segundo relatório (David Becker/AFP)

Visão geral de estande da Mattel em exposição: funcionários trabalham até 13 horas por dia por um salário indigno e dormem em quartos lotados, segundo relatório (David Becker/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 09h35.

Pequim - A fabricante americana de brinquedos Mattel explora os trabalhadores na China ao recorrer a fornecedores culpados de múltiplas violações do direito trabalhista, denunciaram duas ONGs.

Os funcionários trabalham até 13 horas por dia por um salário indigno e dormem em quartos lotados, segundo uma investigação da ONG China Labor Watch (CLW), publicada pela ONG francesa Povos Solidários-ActionAid France.

O relatório das ONGs denuncia ainda que os trabalhadores não recebem treinamento nem equipamento de proteção adequados.

De abril a setembro de 2013, no momento mais intenso de produção de brinquedos para o Natal, a CLW infiltrou investigadores em seis fábricas chinesas. Eles foram contratados como funcionários.

O relatório é baseado nas violações que os investigadores constataram e nos depoimentos de mais de 300 funcionários.

"Os fornecedores da Mattel privaram os trabalhadores de milhões de euros ao evitar o pagamento das horas extras e das cotações sociais obrigatórias. Também descontaram, por meio de fraudes, as horas trabalhadas, denunciam as ONGs.

Mattel, que tem sede na Califórnia, Estados Unidos, produz as bonecas Barbie e os brinquedos da marca Fisher Price, entre outros.

"As auditorias comandadas pela Mattel há mais de 10 anos ressaltaram as violações do direito trabalhista. No entanto, a Mattel adotou poucas medidas corretivas importantes e, com o tempo, a transparência destas auditorias se degradou", afirma o relatório.

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