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Observadores europeus chegam hoje na Líbia para verificar a situação no país

Meta é preparar um relatório para ser apresentado na reunião dos líderes europeus, que debaterá a questão no próximo dia 11

Fila de refugiados da Líbia: missão, de caráter técnico, é a primeira a nível internacional enviada para a Líbia desde o início da rebelião (Joel Saget/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2011 às 11h59.

Brasília – A chefe da Diplomacia da União Europeia para a Política Externa, Catherine Ashton, enviou hoje (6) para a Líbia uma equipe de observadores com o objetivo de reunir "informações em primeira mão". A meta é preparar um relatório para ser apresentado na reunião dos líderes europeus, que debaterá a questão no próximo dia 11. A equipe analisará em especial a situação humanitária na Líbia, pois há denúncias de crimes contra a humanidade e de violações graves.

A missão, de caráter técnico, é a primeira a nível internacional enviada para a Líbia desde o início, há duas semanas, da rebelião contra o regime de Muammar Khadafi, e será coordenada por Agostino Miozzo, diretor de Resposta a Crises e Coordenação do Serviço Europeu de Ação Externa. Amanhã (7) Miozzo concederá entrevista coletiva em Trípoli, na capital líbia.

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"Decidi enviar esta missão de alto nível para ter informação em primeira mão e em tempo real, que servirá de base para as discussões que antecedem o Conselho Europeu Extraordinário da próxima sexta-feira [11]", afirmou Ashton, em comunicado.

Os responsáveis das principais diplomacias europeias reiteraram hoje as críticas a Khadafi. O governo da Alemanha defendeu a ampliação das sanções incluindo aspectos econômicos, as autoridades da França afirmaram que é impossível tolerar as violações de direitos humanos na Líbia e os ingleses querem que o presidente líbio renuncie.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Guido Westerwelle, as sanções impostas até o momento – embargo à venda de armas para a Líbia - “não são suficientes”. Segundo ele, é necessário avançar para medidas mais intensas. O chanceler da Inglaterra, William Haque, apelou para Khadafi "entregar o poder a um governo que reconheça plenamente as aspirações legítimas dos líbios".

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Alain Juppé, reúne-se ainda hoje com o marechal Hussein Tantawi, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito. Tantawi é o responsável pelo governo de transição no país desde que o então presidente Hosni Mubarak entregou o poder em 11 de fevereiro.

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