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Obesidade: o fantasma que assombra os “filhos” de Fukushima

Com medo de radiação, crianças passam a maior parte do tempo confinadas dento de casa, e começam a desenvolver graves problemas de saúde

Filhos de Fukushima: após desastre nuclear, geração passa a maior parte do tempo confinada dentro de casa. (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 21h22.

São Paulo – Quase quatro anos após a tríplice catástrofe que atingiu o Japão (o terremoto seguido de um tsunami e de um desastre nuclear em 2011), o país convive com um fantasma perigoso: a obesidade infantil. O problema é crescente entre os “filhos” de Fukushima, como são conhecidas as crianças que moram em vilarejos próximos à usina de energia.

Segundo uma pesquisa feita pelo governo e divulgada pela mídia local, as crianças de Fukushima são as mais obesas do Japão. Por medo da exposição à radiação, essa geração passa a maior parte do tempo confinada dento de casa, o que contribui para o desenvolvimento do quadro.

Lançada neste mês, a pesquisa calcula a porcentagem de crianças e adolescentes cujo peso corporal é, pelo menos, 20% superior à média considerada sadia e é aplicada a meninos e meninas de 5 a 17 anos.

O estudo constatou que 15,07% das crianças de 9 anos na província de Fukushima se enquadravam no perfil da obesidade infantil. A taxa é muito maior do que a média nacional, de 8,14%, e é considerada a mais alta entre todas as 47 províncias avaliadas.

Durante muito tempo, as localidades próximas à Fukushima ficaram submetidas a determinadas restrições para exposição ao ar livre.

Em Koriyama, por exemplo, localizada a 55 km da usina em ruínas, a recomendação era de que crianças de até dois anos de idade não gastassem mais do que 15 minutos fora todos os dias. Aqueles com idade entre três e cinco deveriam limitar seu tempo ao ar livre a no máximo 30 minutos.

Atualmente, a restrição se aplica a menos de 10% das províncias. Apesar disso, as crianças não demonstram muito interesse em brincar fora de casa.

Infelizmente, os efeitos de uma infância limitada em seus primeiros anos não se limitam ao ganho de peso.

Falta de coordenação (como dificuldade para andar de bicicleta), estresse, desânimo e temperamentos mais explosivos são algumas das alterações que preocupam os profissionais de saúde.

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São Paulo – Quase quatro anos após a tríplice catástrofe que atingiu o Japão (o terremoto seguido de um tsunami e de um desastre nuclear em 2011), o país convive com um fantasma perigoso: a obesidade infantil. O problema é crescente entre os “filhos” de Fukushima, como são conhecidas as crianças que moram em vilarejos próximos à usina de energia.

Segundo uma pesquisa feita pelo governo e divulgada pela mídia local, as crianças de Fukushima são as mais obesas do Japão. Por medo da exposição à radiação, essa geração passa a maior parte do tempo confinada dento de casa, o que contribui para o desenvolvimento do quadro.

Lançada neste mês, a pesquisa calcula a porcentagem de crianças e adolescentes cujo peso corporal é, pelo menos, 20% superior à média considerada sadia e é aplicada a meninos e meninas de 5 a 17 anos.

O estudo constatou que 15,07% das crianças de 9 anos na província de Fukushima se enquadravam no perfil da obesidade infantil. A taxa é muito maior do que a média nacional, de 8,14%, e é considerada a mais alta entre todas as 47 províncias avaliadas.

Durante muito tempo, as localidades próximas à Fukushima ficaram submetidas a determinadas restrições para exposição ao ar livre.

Em Koriyama, por exemplo, localizada a 55 km da usina em ruínas, a recomendação era de que crianças de até dois anos de idade não gastassem mais do que 15 minutos fora todos os dias. Aqueles com idade entre três e cinco deveriam limitar seu tempo ao ar livre a no máximo 30 minutos.

Atualmente, a restrição se aplica a menos de 10% das províncias. Apesar disso, as crianças não demonstram muito interesse em brincar fora de casa.

Infelizmente, os efeitos de uma infância limitada em seus primeiros anos não se limitam ao ganho de peso.

Falta de coordenação (como dificuldade para andar de bicicleta), estresse, desânimo e temperamentos mais explosivos são algumas das alterações que preocupam os profissionais de saúde.

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