São Paulo* – Ao apresentar seu plano para estimular o mercado de trabalho, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o Congresso deveria “parar com o circo político e fazer algo de verdade pelo país”.

O plano, chamado por Obama de “American Jobs Act”, consiste em um pacote de medidas que inclui ajustes fiscais que vão beneficiar, sobretudo, os pequenos empresários. “Passem este projeto e os pequenos empresários serão beneficiados por um corte nos impostos. Se você tem 50 funcionários trabalhando em sua empresa, isto significará um corte de 80 mil dólares”, disse o presidente.

Segundo o presidente americano, o propósito de seu plano é simples: criar empregos e colocar dinheiro no bolso dos cidadãos. Dentre as propostas, estão o corte de impostos não apenas de pequenas empresas, mas das companhias que se empenharem em contratar funcionários nos próximos meses.

Obama explicou que o estímulo à economia também envolverá investimentos pesados em infraestrutura. “Vamos assistir à China construindo aeroportos e ferrovias enquanto milhares de americanos estão sem emprego por aqui?”, afirmou o presidente, arrancando aplausos dos senadores.

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“Há companhias privadas de construção civil por todo o país esperando para trabalhar”, afirmou Obama. Como exemplo, ele citou projetos de mobilidade em diversos estados, como o plano para aliviar os congestionamentos na cidade de Houston.

O plano de Obama também prevê investimentos em escolas públicas. “Toda criança merece uma boa escola, e podemos dar isso a elas se agirmos agora. Se vocês aprovarem este plano, vamos modernizar 35 mil escolas. Isto significa que pessoas começarão a trabalhar agora consertando telhados, laboratórios, instalando internet nas salas de aula”, disse.

Produção nacional

Em um discurso carregado de palavras de encorajamento para os americanos, Obama fez questão de ressaltar que seu pacote de medidas pode ajudar os EUA a voltar ao topo do mundo na produção e no comércio internacional. "Vamos mostrar por que os EUA são a maior nação do mundo", disse.

Segundo o presidente, o plano prevê programas para treinar 10 mil engenheiros por ano. “A próxima geração de manufaturados não será feita na Ásia ou na Europa, mas nos EUA. Se os americanos compram carros asiáticos, também quero ver os chineses e coreanos dirigindo carros da Ford e da GM.”

*Texto atualizado às 21h22