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Obama prevê reforma migratória antes do fim de seu mandato

Segundo o presidente americano, o mais importante neste momento é "pressionar os republicanos que se negaram até agora a atuar" a favor da iniciativa


	Barack Obama: presidente voltou a se mostrar reticente a adotar medidas unilaterais para frear deportações de imigrantes ilegais até que se alcance a reforma
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Barack Obama: presidente voltou a se mostrar reticente a adotar medidas unilaterais para frear deportações de imigrantes ilegais até que se alcance a reforma (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 19h44.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que prevê que a reforma migratória será uma realidade antes que seu mandato termine em janeiro de 2017, e reiterou que seu objetivo é conseguir que o Congresso a aprove este ano.

"Acho que será conseguida (a reforma migratória) antes que minha presidência termine. Eu gostaria de conseguir neste ano", disse Obama durante uma entrevista a "Univisión Radio".

Segundo ele, o mais importante neste momento é "pressionar os republicanos que se negaram até agora a atuar" a favor da iniciativa.

O presidente, além disso, voltou a se mostrar reticente a adotar medidas unilaterais para frear as deportações de imigrantes ilegais até que se alcance a reforma, algo que reivindicam com insistência muitos ativistas, em sua maioria da comunidade latina.

Hoje, durante um breve discurso em Cambridge (Maryland) na conferência dos democratas da Câmara dos Representantes, Obama reiterou que uma das suas prioridades legislativas para este ano é a reforma migratória.

É preciso garantir "que temos uma política de imigração inteligente neste país que faça crescer nossa economia, tire o povo das sombras e assegure que nossos negócios prosperam. Isto tem que ser uma prioridade", afirmou.

Quando se trata da reforma migratória, "temos que lembrar que há pessoas por trás das estatísticas, que há vidas que estão sendo afetadas", disse o presidente em alusão aos mais de 11 milhões de imigrantes ilegais que residem nos EUA.

Adiar a aprovação dessa reforma para mais dois ou três anos é, de acordo com Obama, algo que "causa prejuízo" a muitas famílias e à economia nacional.

O Senado aprovou em junho passado um projeto de lei para uma reforma migratória que reforce a segurança fronteiriça e inclua um caminho à cidadania para os imigrantes ilegais.

Os republicanos, que controlam a Câmara Baixa, apresentaram no final de janeiro seus princípios para conseguir a reforma, que só contemplam uma garantia de cidadania para os jovens estudantes ou membros das Forças Armadas que chegaram imigrantes ilegais aos EUA sendo crianças.

Obama sugeriu recentemente que poderia aceitar um acordo sobre a reforma migratória que não inclua uma via especial à cidadania para os 11 milhões de imigrantes ilegais, que, uma vez legalizado seu status, possam optar a ela pelos caminhos usuais.

Mas o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, insinuou que será difícil aprovar a reforma migratória neste ano, com o argumento que um dos grandes obstáculos é a "falta de confiança" de Obama entre seus colegas no Congresso.

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