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Obama pedirá ao Congresso US$ 3,2 bi para combater EI

Verba ajudará a cobrir o custo da campanha aérea dos Estados Unidos contra os jihadistas e a assistência às tropas iraquianas e às forças curdas

O presidente Barack Obama pedirá nesta sexta-feira aos legisladores americanos 3,2 bilhões de dólares para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (Yuri Gripas/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 16h36.

Washington - O presidente Barack Obama pedirá nesta sexta-feira aos legisladores americanos 3,2 bilhões de dólares para combater o grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ) no Iraque e na Síria, informaram à AFP funcionários da Defesa.

A verba ajudará a cobrir o custo da campanha aérea dos Estados Unidos contra os jihadistas e a assistência - em treinamento e armas - às tropas iraquianas e às forças curdas que combatem o EI.

A guerra aérea na Síria e no Iraque - que segundo comandantes pode durar anos - envolveu milhares de refugiados e centenas de bombardeios, com um custo diário de 8,3 milhões de dólares, afirmou o Pentágono.

No entanto, analistas independentes afirmam que o preço é mais elevado, se o custo total das operações aéreas for levado em conta - em especial os inúmeros vôos feitos por sofisticados aparelhos de vigilância.

O financiamento proposto também custeará os cerca de 600 conselheiros militares que trabalham com as forças curdas e iraquianas em Bagdá e Erbil, assim como outros 800 homens que protegem a embaixada dos Estados Unidos e o aeroporto em Bagdá.

O pedido de aprovação da verba para a campanha aérea foi feito depois dos comentários de Obama, na quarta-feira, de que solicitaria ao Congresso nova autoridade legal para a guerra.

Ambos os movimentos do Executivo darão ao Congresso a possibilidade de debater a estratégia de guerra do presidente, em meio às críticas de legisladores de todo o espectro político quanto à abordagem do governo nesse tema.

O pedido de financiamento virá como uma alteração do orçamento de guerra do Pentágono, conhecido como fundo de operações de contingência no exterior (OCO, na sigla em inglês), disseram autoridades.

Em junho, o governo solicitou 58,6 bilhões de dólares para operações de guerra no ano fiscal em curso, que começou em 1º de outubro. Desde então, os EUA já lançaram uma campanha aérea de grande envergadura no Iraque, em 8 de agosto, e na Síria, em 23 de setembro.

Esse fundo é frequentemente descrito como um "cartão de crédito" para cobrir os custos da guerra e é separado do orçamento de base da Defesa, que tem como objetivo cobrir programas de armamento, salários e outros itens que não estão diretamente associados a combates.

No ritmo atual dos ataques aéreos, a extensão da guerra contra o grupo EI custará mais do que o conflito de 2011 na Líbia, que totalizou um bilhão de dólares, podendo superá-la em bilhões de dólares em um ano - afirmam os especialistas.

O aumento dos gastos ainda é pequeno, porém, se comparado ao valor astronômico das prolongadas campanhas de contrainsurgência no Iraque e no Afeganistão ao longo da última década, que chegou a trilhões de dólares.

Obama escreve para líder iraniano

O presidente Obama teria escrito em segredo ao líder supremo do Irã para discutir uma possível cooperação na luta contra o EI, desde que haja um acordo sobre o programa nuclear iraniano, informou a imprensa americana na quinta-feira.

Em outubro passado, o presidente americano teria enviado uma carta ao aiatolá Ali Khamenei. Nela, o presidente se referia a uma "luta compartilhada" contra os militantes sunitas do EI. A informação foi publicada por "The Wall Street Journal", que afirma que esta seria a quarta correspondência de Obama a Khamenei desde 2009.

Segundo o jornal, nessa última carta, Obama insiste em que qualquer cooperação para combater os jihadistas do Estado Islâmico deve estar condicionada a um acordo amplo sobre o programa nuclear iraniano.

Sem confirmar, ou negar a informação, na quinta-feira, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, apenas desconversou, alegando que não discutiria a "correspondência privada entre o presidente (Obama) e qualquer outro líder mundial".

Irã e Estados Unidos não têm relações diplomáticas desde o ataque à embaixada americana em Teerã, em 1979, e a crise dos reféns que durou 444 dias.

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A verba ajudará a cobrir o custo da campanha aérea dos Estados Unidos contra os jihadistas e a assistência - em treinamento e armas - às tropas iraquianas e às forças curdas que combatem o EI.

A guerra aérea na Síria e no Iraque - que segundo comandantes pode durar anos - envolveu milhares de refugiados e centenas de bombardeios, com um custo diário de 8,3 milhões de dólares, afirmou o Pentágono.

No entanto, analistas independentes afirmam que o preço é mais elevado, se o custo total das operações aéreas for levado em conta - em especial os inúmeros vôos feitos por sofisticados aparelhos de vigilância.

O financiamento proposto também custeará os cerca de 600 conselheiros militares que trabalham com as forças curdas e iraquianas em Bagdá e Erbil, assim como outros 800 homens que protegem a embaixada dos Estados Unidos e o aeroporto em Bagdá.

O pedido de aprovação da verba para a campanha aérea foi feito depois dos comentários de Obama, na quarta-feira, de que solicitaria ao Congresso nova autoridade legal para a guerra.

Ambos os movimentos do Executivo darão ao Congresso a possibilidade de debater a estratégia de guerra do presidente, em meio às críticas de legisladores de todo o espectro político quanto à abordagem do governo nesse tema.

O pedido de financiamento virá como uma alteração do orçamento de guerra do Pentágono, conhecido como fundo de operações de contingência no exterior (OCO, na sigla em inglês), disseram autoridades.

Em junho, o governo solicitou 58,6 bilhões de dólares para operações de guerra no ano fiscal em curso, que começou em 1º de outubro. Desde então, os EUA já lançaram uma campanha aérea de grande envergadura no Iraque, em 8 de agosto, e na Síria, em 23 de setembro.

Esse fundo é frequentemente descrito como um "cartão de crédito" para cobrir os custos da guerra e é separado do orçamento de base da Defesa, que tem como objetivo cobrir programas de armamento, salários e outros itens que não estão diretamente associados a combates.

No ritmo atual dos ataques aéreos, a extensão da guerra contra o grupo EI custará mais do que o conflito de 2011 na Líbia, que totalizou um bilhão de dólares, podendo superá-la em bilhões de dólares em um ano - afirmam os especialistas.

O aumento dos gastos ainda é pequeno, porém, se comparado ao valor astronômico das prolongadas campanhas de contrainsurgência no Iraque e no Afeganistão ao longo da última década, que chegou a trilhões de dólares.

Obama escreve para líder iraniano

O presidente Obama teria escrito em segredo ao líder supremo do Irã para discutir uma possível cooperação na luta contra o EI, desde que haja um acordo sobre o programa nuclear iraniano, informou a imprensa americana na quinta-feira.

Em outubro passado, o presidente americano teria enviado uma carta ao aiatolá Ali Khamenei. Nela, o presidente se referia a uma "luta compartilhada" contra os militantes sunitas do EI. A informação foi publicada por "The Wall Street Journal", que afirma que esta seria a quarta correspondência de Obama a Khamenei desde 2009.

Segundo o jornal, nessa última carta, Obama insiste em que qualquer cooperação para combater os jihadistas do Estado Islâmico deve estar condicionada a um acordo amplo sobre o programa nuclear iraniano.

Sem confirmar, ou negar a informação, na quinta-feira, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, apenas desconversou, alegando que não discutiria a "correspondência privada entre o presidente (Obama) e qualquer outro líder mundial".

Irã e Estados Unidos não têm relações diplomáticas desde o ataque à embaixada americana em Teerã, em 1979, e a crise dos reféns que durou 444 dias.

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