Obama leva elogios e pressão em visita histórica a Mianmar
Reeleito, Obama se tornou o primeiro presidente em exercício dos EUA a visitar Mianmar
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 08h33.
Yangon - Barack Obama se tornou nesta segunda-feira o primeiro presidente em exercício dos EUA a visitar Mianmar, tentando equilibrar, durante uma frenética passagem de seis horas, os elogios pelo fim do regime militar e a pressão por mais reformas.
Obama foi recebido por uma multidão entusiasmada na antiga capital, Yangon, onde se reuniu com o presidente Thein Sein, um ex-membro da junta militar que promove reformas desde sua posse, em março de 2011, e com a líder oposicionista Aung San Suu Kyi.
"Partilhei com ele o fato de que reconheço serem estes apenas os primeiros passos no que será uma longa jornada", disse Obama, ao lado de Thein Sein, após a reunião.
"Mas achamos que um processo de reforma democrática e econômica aqui em Mianmar que foi iniciado pelo presidente pode levar a incríveis oportunidades de desenvolvimento", acrescentou Obama, usando o nome do país adotado pelo governo local, em vez de Birmânia, como é mais comum nos EUA.
Thein Sein respondeu, em birmanês com um tradutor para o inglês, que os dois lados devem avançar "com base na confiança, respeito e entendimento mútuos".
"Durante nossas discussões, também nos pusemos de acordo sobre o desenvolvimento da democracia em Mianmar e para que a promoção dos direitos humanos esteja alinhada aos padrões internacionais", acrescentou.
A viagem de Obama ao Sudeste Asiático, menos de duas semanas depois da sua reeleição, pretende mostrar como é sério o chamado "giro asiático" promovido por ele, ao transferir o foco estratégico da política externa dos EUA das guerras do Iraque e Afeganistão para o Oriente, em parte para conter a crescente influência da China.
A visita a Mianmar também dá destaque a algo que a Casa Branca promove como sendo um êxito da política externa de Obama -- levar os generais birmaneses a promoverem mudanças com uma surpreendente rapidez no último ano.
Um dos pontos altos da viagem foi a visita a Suu Kyi, ganhadora do Nobel da Paz, na residência à beira de um lago onde ela passou anos sob prisão domiciliar. Atualmente, ela é deputada.
Falando a jornalistas depois da conversa, Suu Kyi agradeceu a Obama por apoiar o processo de reforma política. Mas, falando num tom de voz às vezes inaudível, ela alertou que o momento mais difícil é "quando achamos que o sucesso está à vista".
"Então precisamos ser muito cuidadosos para não nos deixarmos seduzir por uma miragem de sucesso, e para trabalharmos na direção do genuíno sucesso do nosso povo." Obama citou os anos de prisão de Suu Kyi, e disse que ela é "um ícone da democracia, que inspirou pessoas não só neste país, mas no mundo todo".
"O dia de hoje marca o próximo passo em um novo capítulo entre os Estados Unidos e a Birmânia", disse. Antes de ir embora, os dois se abraçaram, e ele deu um beijo na face dela.
Antes, Obama fez uma parada fora da agenda no importante templo budista pagode Shwedagona, onde ele e sua comitiva --incluindo a secretária de Estado, Hillary Clinton, e agentes do serviço secreto-- subiram descalços a gigantesca escadaria de pedra.
Yangon - Barack Obama se tornou nesta segunda-feira o primeiro presidente em exercício dos EUA a visitar Mianmar, tentando equilibrar, durante uma frenética passagem de seis horas, os elogios pelo fim do regime militar e a pressão por mais reformas.
Obama foi recebido por uma multidão entusiasmada na antiga capital, Yangon, onde se reuniu com o presidente Thein Sein, um ex-membro da junta militar que promove reformas desde sua posse, em março de 2011, e com a líder oposicionista Aung San Suu Kyi.
"Partilhei com ele o fato de que reconheço serem estes apenas os primeiros passos no que será uma longa jornada", disse Obama, ao lado de Thein Sein, após a reunião.
"Mas achamos que um processo de reforma democrática e econômica aqui em Mianmar que foi iniciado pelo presidente pode levar a incríveis oportunidades de desenvolvimento", acrescentou Obama, usando o nome do país adotado pelo governo local, em vez de Birmânia, como é mais comum nos EUA.
Thein Sein respondeu, em birmanês com um tradutor para o inglês, que os dois lados devem avançar "com base na confiança, respeito e entendimento mútuos".
"Durante nossas discussões, também nos pusemos de acordo sobre o desenvolvimento da democracia em Mianmar e para que a promoção dos direitos humanos esteja alinhada aos padrões internacionais", acrescentou.
A viagem de Obama ao Sudeste Asiático, menos de duas semanas depois da sua reeleição, pretende mostrar como é sério o chamado "giro asiático" promovido por ele, ao transferir o foco estratégico da política externa dos EUA das guerras do Iraque e Afeganistão para o Oriente, em parte para conter a crescente influência da China.
A visita a Mianmar também dá destaque a algo que a Casa Branca promove como sendo um êxito da política externa de Obama -- levar os generais birmaneses a promoverem mudanças com uma surpreendente rapidez no último ano.
Um dos pontos altos da viagem foi a visita a Suu Kyi, ganhadora do Nobel da Paz, na residência à beira de um lago onde ela passou anos sob prisão domiciliar. Atualmente, ela é deputada.
Falando a jornalistas depois da conversa, Suu Kyi agradeceu a Obama por apoiar o processo de reforma política. Mas, falando num tom de voz às vezes inaudível, ela alertou que o momento mais difícil é "quando achamos que o sucesso está à vista".
"Então precisamos ser muito cuidadosos para não nos deixarmos seduzir por uma miragem de sucesso, e para trabalharmos na direção do genuíno sucesso do nosso povo." Obama citou os anos de prisão de Suu Kyi, e disse que ela é "um ícone da democracia, que inspirou pessoas não só neste país, mas no mundo todo".
"O dia de hoje marca o próximo passo em um novo capítulo entre os Estados Unidos e a Birmânia", disse. Antes de ir embora, os dois se abraçaram, e ele deu um beijo na face dela.
Antes, Obama fez uma parada fora da agenda no importante templo budista pagode Shwedagona, onde ele e sua comitiva --incluindo a secretária de Estado, Hillary Clinton, e agentes do serviço secreto-- subiram descalços a gigantesca escadaria de pedra.