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Obama fará balanço de seu legado no combate ao terrorismo

O líder viajará para a Flórida, onde visitará a sede do Comando Central dos EUA, encarregado das operações americanas no Oriente Médio e no Afeganistão

Obama: o atual presidente dos EUA também vai destacar, segundo seu assessor, a importância de "não exagerar as dimensões da ameaça (terrorista)" (Kevin Lamarque/Reuters)

Obama: o atual presidente dos EUA também vai destacar, segundo seu assessor, a importância de "não exagerar as dimensões da ameaça (terrorista)" (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 13h36.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará nesta terça-feira seu último discurso sobre segurança nacional, no qual oferecerá um balanço sobre sua estratégia militar e de luta contra o terrorismo, e defenderá suas medidas para debilitar a Al Qaeda e fazer frente ao Estado Islâmico (EI).

O líder viajará para Tampa, na Flórida, onde visitará a sede do Comando Central dos EUA (Centcom), encarregado das operações americanas no Oriente Médio e no Afeganistão.

Lá, Obama vai fazer "seu último grande discurso sobre segurança nacional", segundo explicou o assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, em entrevista coletiva telefônica.

"(Obama) Fará um resumo dos avanços que permitiram passar de 180 mil soldados alocados no Iraque e no Afeganistão, quando ele chegou ao poder, para os aproximadamente 15 mil que estão nesses países hoje", acrescentou Rhodes.

Assim que chegou à Casa Branca em janeiro de 2009, Obama decidiu "revisar o enfoque das guerras no Iraque e no Afeganistão" tomado por seu antecessor, George W. Bush, por considerar "que esse nível de alocação de tropas era insustentável".

Obama optou por uma retirada progressiva no Iraque que terminou em 2011, enquanto no Afeganistão ordenou um rápido aumento de tropas para finalizar o conflito mais longo da história americana, que foi encerrado formalmente em 2014, mas cuja retirada completa acabou sofrendo atrasos durante todo o seu mandato.

Sua estratégia foi "mais sustentável", segundo Rhodes, porque foi feita com "um número limitado de tropas no terreno" e com base nas informações de inteligência, nos ataques com aviões não tripulados e nas alianças locais.

Obama revisará "os avanços na missão de desmantelar a Al Qaeda", que culminou com a morte de seu líder Osama bin Laden em 2011, e "nas formas em que a ameaça (terrorista) evoluiu ", com o EI como principal alvo atual.

O presidente citará "avanços" na luta contra o EI, como a reconquista de "quase metade do território que eles controlavam em 2014" e as ofensivas em Mossul (Iraque) e Raqqa (Síria).

Obama também vai destacar, segundo o assessor, a importância de "não exagerar as dimensões da ameaça (terrorista)" de tal maneira que isso leve "a tomar decisões ruins" e de "aderir aos padrões legais e respeitar os valores dos EUA" como "uma nação de leis".

Esse último ponto parece uma mensagem direta a Trump, que durante sua campanha presidencial defendeu a restauração da tortura contra suspeitos de terrorismo e questionou o fato de os EUA "trabalharem de acordo com as leis" nesses temas, enquanto os terroristas não o fazem.

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