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Número 2 do PS pede a Sarkozy que intervenha por Strauss-Kahn

Désir, do Partido Socialista: "Faça o que for necessário, como já fez por outros franceses, para que Dominique Strauss-Kahn possa organizar sua defesa de maneira decente"

Para o companheiro partidário do ex-diretor, a intervenção deve ocorrer "em respeito às instituições judiciais dos Estados Unidos". (Getty Images)

Para o companheiro partidário do ex-diretor, a intervenção deve ocorrer "em respeito às instituições judiciais dos Estados Unidos". (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 15h51.

Paris - O número 2 do Partido Socialista francês, Harlem Désir, lançou um apelo nesta quinta-feira ao presidente Nicolas Sarkozy, pedindo que ele "faça o que for necessário, como já fez por outros franceses, para que Dominique Strauss-Kahn possa organizar sua defesa de maneira decente".

Em declarações ao canal de televisão LCI, Désir estimou que "o presidente da República, como já fez por outros franceses envolvidos em processos judiciais no exterior", deveria fazer o que estiver a seu alcance para que Strauss-Kahn tenha seus direitos respeitados pela justiça americana.

Para Désir, esta intervenção deve ocorrer "em respeito às instituições judiciais dos Estados Unidos".

"Fizemos isto quando se tratou de um de nossos compatriotas no México (em referência ao caso de Florence Cassez) ou em qualquer outro país, podemos pelo menos fazer valer que se outorgue um tratamento digno a um de nossos compatriotas", argumentou.

Strauss-Kahn, que renunciou nesta quinta-feira ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi detido no sábado pela polícia sob acusações de tentativa de estupro e agressão sexual em Nova York.

"Convido todos a não explorar politicamente um drama que é um assunto privado", destacou o número dois do PS francês.

Désir também criticou a decisão da justiça americana de manter Strauss-Khan na prisão, negando seu pedido de aguardar pelo julgamento em liberdade.

"Não compreendo por que quiseram absolutamente manter esta detenção", indicou, uma vez que Strauss-Kahn "pode permanecer à disposição da justiça sem ser obrigado à força a permanecer encarcerado".

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