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Novo presidente da Tunísia anuncia leilão de palácios

Apenas a sede do governo não será vendida; verba será usada no combate ao desemprego

Moncef Marzuki também anunciou que vai devolver aos museus algumas peças arqueológicas (Fethi Belaid/AFP)

Moncef Marzuki também anunciou que vai devolver aos museus algumas peças arqueológicas (Fethi Belaid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 16h49.

Túnis - O novo presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, anunciou esta sexta-feira a venda em leilão de vários palácios presidenciais, exceto o do Cártago, e a restituição de peças arqueológicas aos museus nacionais, informou a agência tunisiana TAP.

"Os palácios presidenciais serão leiloados, com exceção do palácio presidencial de Cártago", sede da presidência na periferia norte de Túnis, disse Marzouki em cerimônia oficial.

A renda obtida será aplicada na promoção do emprego, acrescentou, uma vez que a Tunísia sofre com uma taxa de desemprego que poderia superar os 18% até o fim do ano.

Dezenas de palácios presidenciais estão distribuídos por todo o país.

Marzouki, que substituiu Zine el Abidine Ben Ali, anunciou também a restituição aos museus nacionais de peças arqueológicas que estavam no palácio de Cártago.

Segundo a TAP, uma equipe de especialistas já trabalha neste palácio para inventariar as peças.

O leilão dos palácios presidenciais teve impacto diverso nos sites de notícias e blogs da Tunísia.

Enquanto alguns internautas saudaram a decisão como um "gesto forte" e "uma ruptura com o regime anterior", outros a criticaram por considerá-la um anúncio "populista".

O site especializado Business News lembrou que os palácios não são de propriedade da república, mas do Estado.

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