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Nove jornalistas são mortos em duplo atentado em Cabul

Um suicida detonou uma primeira bomba na sua motocicleta e cerca de meia hora depois outro homem se disfarçou de jornalista e explodiu outra bomba

Cabul: os jornalistas e os meios para os quais trabalham no Afeganistão são objeto habitual dos ataques dos grupos insurgentes (Omar Sobhani/Reuters)

Cabul: os jornalistas e os meios para os quais trabalham no Afeganistão são objeto habitual dos ataques dos grupos insurgentes (Omar Sobhani/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de abril de 2018 às 06h38.

Cabul - Pelo menos nove jornalistas, um deles fotógrafo da agência francesa "AFP", estão entre as 25 pessoas que morreram nesta segunda-feira em um duplo atentado suicida reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) no centro de Cabul, capital do Afeganistão, informaram diferentes fontes.

A ONG Comitê de Segurança dos Jornalistas Afegãos (AJSC) informou na sua conta do Twitter que sabe da morte de nove jornalistas nos atentados de Cabul, embora não tenha divulgado suas identidades.

O porta-voz do Ministério da Saúde Pública do Afeganistão, Wahidullah Majroh, disse à Efe que entre os mortos estão Khair Muhammad, da rede afegã "Tolo News", e Ebadullah Hananzai, da emissora "Azadi Radio".

O fotógrafo Shah Marai, da "AFP", também morreu na explosão, segundo confirmou a própria agência na sua conta do Twitter.

"O fotógrafo em chefe da Agence France-Presse em Cabul, Shah Marai, morreu. Morreu em uma explosão contra um grupo de jornalistas que tinham ido para o local de um ataque suicida na capital afegã", escreveu o meio francês.

A rede de televisão "1TV" informou que um câmera, Nawroz Rajabi, e o repórter Ghazi Rasouli morreram no ataque.

Também faleceu um jornalista da "Jahan TV", que ainda não foi identificado.

O porta-voz da Polícia local Hashmat Stanekzai, disse à Efe que um suicida detonou uma primeira bomba na sua motocicleta por volta das 8h (horário local, 0h30 em Brasília), na área de Shashdarak, no distrito policial número 9 da capital afegã.

Cerca de meia hora mais tarde aconteceu uma segunda explosão, quando, segundo Stanekzai, "um suicida que se disfarçou de jornalista com uma câmera na mão detonou os explosivos que levava entre um grupo de civis e jornalistas que tinham ido para a região para cobrir o fato".

Os jornalistas e os meios para os quais trabalham no Afeganistão são objeto habitual dos ataques dos grupos insurgentes.

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