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Nova Zelândia e NY mantêm no isolamento apesar da queda de novos casos

O isolamento foi prorrogado por 5 dias na Nova Zelândia, que registrou 12 mortes por covid-19; Nova York atingiu o menor nível de mortes em sete dias

Coronavírus: Nova York registrou 478 óbitos em 24 horas, o nível mais baixo em uma semana (Spencer Platt/Getty Images)

Coronavírus: Nova York registrou 478 óbitos em 24 horas, o nível mais baixo em uma semana (Spencer Platt/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de abril de 2020 às 15h14.

Última atualização em 20 de abril de 2020 às 18h13.

Locais com sinais de controle de novas infecções de covid-19, Nova Zelândia e Nova York persistem nas regras de isolamento social para achatar ainda mais a curva de contaminação, ainda que algumas flexibilizações já sejam previstas. Na cidade que é o epicentro da doença nos Estados Unidos, país mais afetado pela doença, o prefeito Bill De Blasio defendeu, em entrevista à MSNBC, que antes de falar em reabertura do comércio é necessário seguir testando em massa e seguindo as medidas de restrição à socialização.

Na Nova Zelândia, a primeira-ministra Jacinda Ardern, que ganhou projeção internacional pela boa condução da crise no país, prorrogou por cinco dias a quarentena, estendendo até a próxima segunda 27. A quarentena foi decretada em 25 de março, quando o país ainda não tinha nenhuma morte, informa a imprensa local.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, que compila dados relativos à pandemia, 12 pessoas morreram e 1.440 foram contaminadas na Nova Zelândia. Depois do dia 27, segundo o governo neozelandês, deve haver a reabertura do comércio, mas regras de isolamento social vão permanecer.

No Estado norte-americano de Nova York, segundo o governador Andrew Cuomo, o número de mortes em 24 horas alcançou o nível mais baixo em uma semana, com 478 óbitos. Neste domingo, 19, o governo local informou 507 mortes e no dia anterior foram 540 vítimas fatais. O número de total de pessoas hospitalizadas continua caindo lentamente, mas Cuomo se recusa a falar de reabertura no Estado. "A questão não deveria ser quando e como, mas sim como usar essa situação para aprender lições valiosas e repensar a sociedade que queremos ser", disse o político democrata. O governador voltou a cobrar participação mais efetiva do governo federal com relação à destinação de verbas e no auxílio à obtenção de testes para a covid-19.

Cuomo também disse que as autoridades locais já trabalham com a previsão de que as pessoas vão circular mais conforme o clima for ficando mais quente, independentemente da reabertura do comércio, e que o desafio é manter a taxa de contaminação entre 0,9 e 1,2, isto é, um grupo de 10 contaminados contagiar, ao todo, outras 9 a 12 pessoas.

Nos Estados Unidos como um todo, de acordo com a Johns Hopkins, 762 mil pessoas já foram infectadas e 40.172 morreram por causa da covid-19.

A Argentina começa nesta segunda, 20, um regime de "quarentena administrada", com a liberação de circular valendo para profissionais de 11 novos setores. Apesar disso, o presidente Alberto Fernández continua defendendo a necessidade do respeito às medidas de isolamento social, informa o jornal La Nación. Segundo Ministério da Saúde da Argentina, o país tem hoje 2.941 casos confirmados, sendo que 136 pessoas já morreram.

Em Hong Kong, o Centro de Proteção à Saúde informou que a região administrativa chinesa não registrou novos casos nas últimas 24 horas, o que não acontecia desde 5 de março. Assim, o número de contaminados permanece em 1.026.

Na Índia, o governo informa que o total de mortos está agora em 559 e que mais de 17 mil já se contaminaram, sendo que o número de casos cresceu em mais de 1.500 nas últimas 24 horas, o maior aumento diário no país desde o início da pandemia. A Índia está sob quarentena desde 24 de março, mas hoje voltaram a ser permitidas algumas atividades industriais e agrícolas desde que os empregadores garantam o cumprimento de normas de distanciamento e higiene pessoal, informa a Associated Press.

A Espanha passou nesta segunda-feira da marca de 200 mil pessoas infectadas pelo coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde do país ibérico, foram mais 4.266 casos confirmados nas últimas 24h o que elevou o número total desde o começo da crise para 200.210. Os mortos na Espanha são agora 20.852, o segundo maior número do mundo, só atrás dos Estados Unidos.

O Reino Unido registrou outros 4.676 casos de covid-19 desde ontem, de acordo com o governo britânico. O total de contaminados no país agora é de 124.743, e o de mortos é de 16.509, já considerando as 449 vítimas fatais das últimas 24 horas.

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