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Nova York proíbe venda de refrigerantes em copos gigantes

O consumo de refrigerantes, geralmente mais baratos do que a água mineral e cujos copos não são mais caros do que os pequenos, é uma das causas identificadas do problema

Refrigerante: a medida, que impõe um limite de 470 centilitros, entrará em vigor em 12 de março (J-rod J / Stock Xchng)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 21h35.

Nova York - A Prefeitura de Nova York proibiu nesta quinta-feira a venda de refrigerantes em copos com mais de meio litro nas lanchonetes, restaurantes, estádios e salas de cinema, uma iniciativa sem precedentes para lutar contra a obesidade nos Estados Unidos.

A Comissão de Saúde da prefeitura aprovou por oito votos a favor, nenhum contrário e uma abstenção a iniciativa impulsionada pelo prefeito Michael Bloomberg e alvo de uma forte oposição por parte dos fabricantes e vendedores de refrigerantes.

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"Este é o maior passo que a cidade já deu para conter a obesidade. Ao propor limites às bebidas açucaradas, Nova York colocou a questão da obesidade e o impacto das bebidas açucaradas em primeiro plano em nível nacional", disse Bloomberg após a votação.

O consumo de refrigerantes, geralmente mais baratos do que a água mineral e cujos copos não são mais caros do que os pequenos, é uma das causas identificadas do problema.

A medida, que impõe um limite de 470 centilitros, entrará em vigor em 12 de março, o que dá aos vendedores de refrigerantes e de bebidas açucaradas seis meses para se adaptar.


O novo estádio Barclays Center, sede da nova franquia da NBA Brooklyn Nets, que abrirá na próxima semana, será o primeiro centro esportivo e de entretenimento da cidade a aplicar a medida em caráter voluntário.

Segundo o prefeito, mais da metade dos adultos em Nova York (58%) é de obesos ou tem excesso de peso, e este problema também afeta 40% das crianças nas escolas públicas.

De acordo com as autoridades municipais, 6.000 nova-iorquinos morrem ao ano devido a problemas vinculados à obesidade e um em cada oito tem diabetes.

A epidemia de obesidade afeta mais fortemente as comunidades negra e hispânica e é mais comum nos bairros mais pobres, segundo a fonte.

"Espero que no futuro vejamos o dia de hoje como um ponto de inflexão em epidemias que custaram a vida de milhares de nova-iorquinos", afirmou o comissário de saúde da cidade de Nova York, Thomas Farley.

No final do ano passado, a prefeitura já tinha lançado uma campanha de sensibilização sobre o tema, destacando que 600 ml diários de refrigerantes equivaliam a 22 quilos de açúcar por ano.

O objetivo declarado da prefeitura é que, em 2016, o percentual de adultos que consomem bebidas açucaradas diariamente caia de 30% para 20%.

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