Soldado belga: a operação incluiu 22 batidas em todo o país (REUTERS/Francois Lenoir)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 08h55.
Bruxelas - A polícia federal belga realizou nesta sexta-feira uma nova operação antiterrorista que incluiu 22 batidas em todo o país e pelo menos quatro detenções, informaram autoridades.
Trata-se de uma "operação de envergadura", dentro de uma investigação antiterrorista ligada ao problema das viagens de cidadãos belgas para a Síria, indicou a fonte.
Em 15 de janeiro aconteceu no país uma operação antiterrorista em seis cidades do país contra uma suposta célula jihadista que pretendia atentar de forma iminente contra a polícia e que terminou com 13 detenções e dois mortos.
Das batidas que foram realizadas hoje, quatro ocorreram em Antuérpia, 11 em Masseik (cidade junto à fronteira com a Holanda), uma em Kinrooi (também junto à fronteira holandesa), duas em Houthalen-Helchteren (noroeste do país), uma em Genk (leste da Bélgica) e outra no distrito de Molenbeek, em Bruxelas.
Em nenhum delas foram encontradas armas, indicaram as fontes.
Os quatro detidos comparecerão hoje perante um juiz de instrução, que decidirá ao longo do dia se os suspeitos devem ser acusados, indicou a procuradoria.
Segundo o Ministério público, as pessoas objeto da operação de hoje são suspeitas de querer viajar à Síria para combater em uma organização terrorista.
O objetivo da ação levada a cabo pela Polícia seria desmantelar uma organização que procedia ao recrutamento e envio de pessoas ao estrangeiro.
A procuradoria precisou, por outra parte, que não há nenhum vínculo entre este caso e a operação antiterrorista relativa à célula de Verviers realizada há umas semanas, nem com os atentados de Paris, segundo um comunicado.
Após o operacional antiterrorista de 15 de janeiro o governo federal acordou elevar o nível de alerta no país por possível ameaça terrorista, que subiu do 2 ao 3 e ficou a um degrau do máximo.
Além disso, se propôs um plano antiterrorista que permitiu aos militares sair às ruas para vigiar lugares considerados "sensíveis", como sinagogas, embaixadas ou instituições europeias.