Nobel de Economia Elinor Ostrom escreveu sobre Rio+20 em seu último texto
Primeira mulher a ganhar o Prêmio diz que a sustentabilidade deve ser inserida no DNA da sociedade para termos consciência dos riscos que ameaçam o planeta e gerações futuras
Vanessa Barbosa
Publicado em 14 de junho de 2012 às 11h38.
São Paulo – “Nós temos uma década para agir antes que o custo econômico de soluções hoje viáveis tornem-se muito altos. Sem ação, corremos o risco de mudanças catastróficas e talvez irreversíveis no sistema que dá suporte à vida. Nosso principal objetivo deve ser o de assumir a responsabilidade planetária, em vez de colocar em perigo o bem-estar das gerações futuras”.
O trecho acima é o parágrafo de fechamehnto do último artigo escrito e publicado por Elinor Ostrom, Nobel de Economia que morreu no dia 12 de junho, vítima de um câncer de pâncreas, aos 78 anos. No artigo, divulgado pelo site Project Syndicate, Elinor, que foi a primeira mulher a receber o Prêmio, escreve de forma inspiradora sobre a Rio+20 e deixa uma mensagem para a economia.
Para a economista, a inércia no Rio seria desastrosa, mas um único acordo internacional seria um grave erro. O mundo, diz ela, não pode depender de políticas globais singulares para resolver o problema de gestão dos recursos naturais comuns à todos, como oceanos, atmosfera, florestas "e a rica biodiversidade que se gera as condições certas para a vida na Terra, incluindo as de sete bilhões de humanos".
Elinor lembra que nunca na história tivemos de lidar com problemas que enfrentamos hoje [mudanças climáticas, aquecimento global...] e que, embora ninguém saiba ao certo qual a melhor solução, é preciso desenvolver um sistema que evolua e se adapte rapidamente. Para a Nobel, acordos a nível local das cidades, que aos poucos vão se expandindo para os estados e daí para o mundo são mais eficazes do que uma única regulação global.
Ela cita como exemplo dessas políticas municipais os Estados Unidos, que embora não tenham criado nenhuma regulação sobre redução de emissões no nível federal, tem ao menos 30 estados com planos de combate às mudanças climáticas.
Nesse sentido, a Rio +20 vem em um momento crucial e é, sem dúvida, importante, ressalta a economista. “Por 20 anos, o desenvolvimento sustentável tem sido visto como um ideal a se seguir[...] mas hoje é um pré-requisito para todo o desenvolvimento futuro”, afirma.
Para ela, a sustentabilidade a nível local e nacional devem de somar em prola da sustentabilidade global. “Esta ideia deve formar a base das economias nacionais e constituir o tecido das nossas sociedades”, define. “A meta agora é inocular a sustentabilidade no DNA de nossa sociedade globalmente interconectada”, defende a Nobel.
São Paulo – “Nós temos uma década para agir antes que o custo econômico de soluções hoje viáveis tornem-se muito altos. Sem ação, corremos o risco de mudanças catastróficas e talvez irreversíveis no sistema que dá suporte à vida. Nosso principal objetivo deve ser o de assumir a responsabilidade planetária, em vez de colocar em perigo o bem-estar das gerações futuras”.
O trecho acima é o parágrafo de fechamehnto do último artigo escrito e publicado por Elinor Ostrom, Nobel de Economia que morreu no dia 12 de junho, vítima de um câncer de pâncreas, aos 78 anos. No artigo, divulgado pelo site Project Syndicate, Elinor, que foi a primeira mulher a receber o Prêmio, escreve de forma inspiradora sobre a Rio+20 e deixa uma mensagem para a economia.
Para a economista, a inércia no Rio seria desastrosa, mas um único acordo internacional seria um grave erro. O mundo, diz ela, não pode depender de políticas globais singulares para resolver o problema de gestão dos recursos naturais comuns à todos, como oceanos, atmosfera, florestas "e a rica biodiversidade que se gera as condições certas para a vida na Terra, incluindo as de sete bilhões de humanos".
Elinor lembra que nunca na história tivemos de lidar com problemas que enfrentamos hoje [mudanças climáticas, aquecimento global...] e que, embora ninguém saiba ao certo qual a melhor solução, é preciso desenvolver um sistema que evolua e se adapte rapidamente. Para a Nobel, acordos a nível local das cidades, que aos poucos vão se expandindo para os estados e daí para o mundo são mais eficazes do que uma única regulação global.
Ela cita como exemplo dessas políticas municipais os Estados Unidos, que embora não tenham criado nenhuma regulação sobre redução de emissões no nível federal, tem ao menos 30 estados com planos de combate às mudanças climáticas.
Nesse sentido, a Rio +20 vem em um momento crucial e é, sem dúvida, importante, ressalta a economista. “Por 20 anos, o desenvolvimento sustentável tem sido visto como um ideal a se seguir[...] mas hoje é um pré-requisito para todo o desenvolvimento futuro”, afirma.
Para ela, a sustentabilidade a nível local e nacional devem de somar em prola da sustentabilidade global. “Esta ideia deve formar a base das economias nacionais e constituir o tecido das nossas sociedades”, define. “A meta agora é inocular a sustentabilidade no DNA de nossa sociedade globalmente interconectada”, defende a Nobel.