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"O que a ONU diz não me interessa", diz Netanyahu

O primeiro-ministro israelense defendeu o direito de Israel em construir assentamentos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, apesar das críticas da comunidade internacional


	O premier de Israel, Benjamin Netanyahu: "Construímos em Jerusalém porque é nosso direito. O que a ONU diz não me interessa", disse
 (©AFP / Gali Tibbon)

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu: "Construímos em Jerusalém porque é nosso direito. O que a ONU diz não me interessa", disse (©AFP / Gali Tibbon)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2012 às 09h21.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na noite de sexta-feira que não está interessado no que a ONU diz sobre a construção nos assentamentos judaicos, no meio de crescentes críticas pelos últimos anúncios de edificação na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Em entrevista transmitida pelo 'Canal 2' da televisão israelense, Netanyahu ressaltou que Israel tem o direito de construir em Jerusalém e que a edificação é uma questão de princípios.

'Vivemos em um estado judeu e Jerusalém é a capital de Israel. O Muro das Lamentações não é território ocupado. Construímos em Jerusalém porque é nosso direito. O que a ONU diz não me interessa', manifestou o chefe do Governo israelense.

Após o reconhecimento da Palestina como estado observador não membro da ONU no dia 29 de novembro, Israel anunciou planos para construir 3.000 novas unidades de moradia em assentamentos judaicos e avançar o polêmico projeto de edificação na zona E-1, que conectaria o grande assentamento de Maaleh Adumim com Jerusalém e minaria a continuidade territorial do Estado palestino.

Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital da Palestina e alegam que as políticas expansionistas de Israel em torno dos assentamentos em Jerusalém Oriental impedem a viabilidade de um estado com continuidade territorial.

A Presidência palestina condenou esta semana as últimas ações de Israel, que 'desafia toda a comunidade internacional e menospreza os sentimentos de palestinos e árabes em geral'.

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