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Netanyahu desmente que Israel tenha intenção de abandonar a frontera de Gaza com Egito

Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro de Israel negou que o Exército israelense deixará o corredor Filadélfia, que passa ao longo dessa fronteira

Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu gives statements to the media inside The Kirya, which houses the Israeli Defence Ministry, after their meeting in Tel Aviv on October 12, 2023. Blinken arrived in a show of solidarity after Hamas's surprise weekend onslaught in Israel, an AFP correspondent travelling with him reported. He is expected to visit Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu as Washington closes ranks with its ally that has launched a withering air campaign against Hamas militants in the Gaza Strip. (Photo by Jacquelyn Martin / POOL / AFP) (Photo by JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images) (JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP /Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 10h36.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou nesta sexta-feira que o Exército israelense deixará o chamado corredor Filadélfia, que passa ao longo da fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, após informações que apontavam que o Estado judeu poderia se retirarda área no caso de um acordo de cessar-fogo.

"O primeiro-ministro insiste que Israel permanecerá no corredor Filadélfia. Essas foram suas instruções para as equipes de negociação e ele as comunicou aos representantes dos EUA nesta semana e ao governo na noite passada", disse o gabinete do primeiro-ministro israelense em comunicado.

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Netanyahu respondeu assim a uma reportagem publicada nesta sexta-feira pela agência de notícias "Reuters", segundo a qual os negociadores israelenses e egípcios estariam negociando um sistema de monitoramento eletrônico que permitiria que as tropas israelenses deixem a fronteira no caso de um acordo de cessar-fogo com o Hamas.

Israel assumiu o controle do orredor Filadélfia no início de maio e, desde então, controla a área, que inclui a passagem de Rafah para o Egito, por onde costumava entrar grande parte da ajuda humanitária para Gaza e que está fechada desde que as tropas israelenses entraram na cidade.

Para Israel, o controle dessa fronteira - onde afirma ter encontrado pelo menos 20 túneis - é muito importante porque é a principal fonte de contrabando de armas, que há anos tem sido usada para a entrada de armas do Hamas.

O grupo islâmico, por sua vez, acusou o líder israelense de introduzir novas exigências nas negociações de cessar-fogo, o que mostra que ele está "procrastinando, procurando o que vai derrubar o acordo", de acordo com uma mensagem de Izzat al-Risheq, membro do gabinete político do Hamas.

O grupo também insistiu que a administração da Faixa de Gaza após a guerra é um assunto exclusivamente palestino e confirmou que propôs que um governo único, nacional e não partidário assuma o controle do enclave ao lado da Cisjordânia ocupada.

O jornal "The Washington Post", citando autoridades americanas, disse na quarta-feira que Hamas e Israel concordaram em entregar o controle de Gaza a uma força palestina que incluiria 2.500 efetivos leais à Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjordânia, e seria apoiada por Estados árabes moderados.

As negociações para um acordo de cessar-fogo que também libertaria os reféns israelenses na Faixa de Gaz a estão em seu ponto mais promissor nos últimos meses, embora todos os lados insistam que ainda há grandes obstáculos a serem superados.

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