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Negociadores mostram otimismo no diálogo sobre clima

Organizadores das negociações globais sobre o clima realizadas em Paris pareceram esperançosos de que poderiam chegar a um acordo até o fim da semana


	Cientista discursa durante a conferência sobre Mudanças Climáticas: "temos que respeitar os objetivos que colocamos para nós mesmos", afirmou o ministro do Exterior da França
 (Axel Schmidt/AFP)

Cientista discursa durante a conferência sobre Mudanças Climáticas: "temos que respeitar os objetivos que colocamos para nós mesmos", afirmou o ministro do Exterior da França (Axel Schmidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 19h07.

Paris - Organizadores das negociações globais sobre o clima realizadas em Paris pareceram esperançosos nesta segunda-feira de que poderiam chegar a um acordo até o fim da semana, mesmo havendo poucas indicações sobre como diferenças relacionadas a financiamento em particular seriam resolvidas.

"Temos que respeitar os objetivos que colocamos para nós mesmos", afirmou o ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, que preside as negociações que devem supostamente ser concluídas com um acordo assinado em 11 de dezembro.

"Os objetivos são claros, o método e o cronograma, também." Ele falava enquanto ministros de governo, incluindo o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, começavam a chegar em Paris para a última fase de um processo de quatro anos para unir países ricos e pobres num acordo para cortar as emissões de gases do efeito estufa para além de 2020.

Já é certo que as metas nacionais de emissões feitas antes de Paris não serão suficientes para evitar que as temperaturas globais passem do perigoso limite de 2 graus Celsius acima da era pré-industrial.

No entanto, há pelo menos um sentimento crescente de que haverá mais dinheiro para países em desenvolvimento com mais dificuldades de deixar os combustíveis fósseis, ou mais vulneráveis a enchentes, secas, tempestades e aumento dos níveis do mar.

Países ricos já se comprometeram a fornecer 100 bilhões de dólares por ano até 2020. Em Paris, a questão é o quanto a soma anual deve crescer, e como e se economias emergentes maiores devem contribuir.

"Vejo um consenso crescente de que 100 bilhões de dólares vai ser o piso, e não o teto", afirmou Christiana Figueres, da Organização das Nações Unidas, em Paris.

"Nós já estamos lá, em 100 bilhões? Não. Mas estamos certamente nos aproximando." Também há divergências sobre que tipo de recurso --público ou privado, dinheiro novo ou velho-- irá contar para chegar ao objetivo. Países em desenvolvimento resistem a tentativas dos países ricos para inserir recursos existentes para o clima na conta para chegar aos 100 bilhões de dólares.

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