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Negociações do Brexit podem se tornar "impossíveis", diz Tusk

Declaração do presidente do Conselho Europeu veio após Theresa May acusar membros da UE de não quererem o sucesso das negociações

Donald Tusk: "essas negociações são bastante difíceis. Se começarmos a discutir antes delas começaram, se tornarão impossíveis" (Michalis Karagiannis/Reuters)

Donald Tusk: "essas negociações são bastante difíceis. Se começarmos a discutir antes delas começaram, se tornarão impossíveis" (Michalis Karagiannis/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de maio de 2017 às 14h36.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, advertiu nesta quinta-feira que as negociações do Brexit podem se tornar "impossíveis se as partes discutirem muito, em relação às acusações de ingerência manifestadas pela primeira-ministra britânica Theresa May.

"Essas negociações são bastante difíceis. Se começarmos a discutir antes delas começaram, se tornarão impossíveis", declarou Tusk durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

"A aposta é muito alta para deixar-nos levar por nossas emoções, porque é a vida cotidiana e os interesses de milhões de pessoas, a ambos os lados (do canal) da Mancha, o que está em jogo", declarou.

"Temos que manter o espírito para ter êxito, precisamos de discrição, moderação, respeito mútuo e um máximo de boa vontade", informou Tusk, que preside a instituição que reúne os 28 chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE).

O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, já garantiu que nesta quinta-feira "ninguém quer influenciar na campanha eleitoral do Reino Unido", reagindo, assim, às declarações de May na véspera.

May subiu o tom na quarta-feira à tarde e acusou "alguns em Bruxelas" que "não querem o sucesso das negociações, nem que o Reino Unido consiga", durante uma entrevista coletiva em frente à sua residência no número 10 da Downing Street.

"A Comissão Europeia endureceu sua postura nas negociações. Algumas ameaças foram pronunciadas contra o Reino Unido e os políticos e altos funcionários europeus", acrescentou. Para May, "tudo estava deliberadamente programado para influenciar no resultado das eleições" legislativas programadas para 8 de junho.

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