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Nacionalista Artur Mas toma posse como presidente catalão

O dirigente fixou entre seus objetivos manter a coesão social, recuperar a economia e garantir que o povo catalão "possa decidir seu futuro"

Artur Mas brinda vitória em cerimônia de posse como presidente regional da Catalunha: partido que o apoia quer realizar em 2014 de um referendo para soberania catalã (Albert Gea/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2012 às 11h57.

Barcelona - O nacionalista de centro-direita Artur Mas tomou posse nesta segunda-feira como presidente do Governo regional da Catalunha para uma segunda legislatura, apoiado pelos independentistas da Esquerda Republicana de Catalunya (ERC).

No ato de posse, o líder do partido Convergência e União (CiU), assegurou que esta segunda legislatura "não será de ruptura, mas uma evolução da anterior" e jurou o cargo "com plena fidelidade ao povo da Catalunha".

O 129º presidente da Generalitat fixou entre seus objetivos manter a coesão social, recuperar a economia e garantir que o povo catalão "possa decidir seu futuro".

O pacto alcançado com a ERC, que lhe permitiu formar Governo, já que nas eleições perdeu 12 deputados e ficou muito longe da maioria absoluta, inclui a realização em 2014 de um referendo defensor da soberania e a entrada em vigor de nove novos impostos, incluído um sobre os depósitos bancários, recorrido hoje pelo Governo espanhol perante o Tribunal Constitucional.

A ERC é uma formação de esquerda, republicana e independentista, que dobrou sua presença nas eleições de novembro.

O Governo espanhol lembrou às autoridades regionais catalãs que uma consulta como a que pretende realizar não está contemplada na Constituição e, por isso, seria ilegal.


A comunidade autônoma da Catalunha, com 7,5 milhões de habitantes, fornece 18% do PIB espanhol, e é uma das mais ricas da Espanha , mas neste ano teve que recorrer ao fundo de resgate criado pelo Governo espanhol para as regiões com problemas de financiamento para pedir emprestados mais de 5 bilhões de euros.

Os nacionalistas catalães sustentam que fornecem mais do que recebem dos cofres do Estado e, por isso, pouco antes da convocação das eleições, adiantadas em dois anos, Mas pediu a Rajoy um tratamento fiscal diferenciado, que este rejeitou.

A primeira legislatura de Mas esteve marcada pela crise econômica e a necessidade de reduzir o déficit, que lhe obrigou a realizar fortes cortes em Saúde e Educação.

A ERC, por sua parte, não compartilha a política de cortes realizada pelo Governo regional na etapa anterior.

Sobre o caminho defensor da soberania empreendido pela Catalunha, Rajoy assegurou em entrevista publicada hoje pelo jornal "El Mundo" que a observa com "tranquilidade", porque "todos estamos submetidos ao império da lei", e com preocupação, já que "o que está acontecendo é ruim para a Catalunha e para o conjunto da Espanha".

"É uma situação complexa e difícil. E eu estou disposto a ajudar a superá-la. A única coisa que tenho a dizer é que a lei é igual para todos", acrescentou.

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Barcelona - O nacionalista de centro-direita Artur Mas tomou posse nesta segunda-feira como presidente do Governo regional da Catalunha para uma segunda legislatura, apoiado pelos independentistas da Esquerda Republicana de Catalunya (ERC).

No ato de posse, o líder do partido Convergência e União (CiU), assegurou que esta segunda legislatura "não será de ruptura, mas uma evolução da anterior" e jurou o cargo "com plena fidelidade ao povo da Catalunha".

O 129º presidente da Generalitat fixou entre seus objetivos manter a coesão social, recuperar a economia e garantir que o povo catalão "possa decidir seu futuro".

O pacto alcançado com a ERC, que lhe permitiu formar Governo, já que nas eleições perdeu 12 deputados e ficou muito longe da maioria absoluta, inclui a realização em 2014 de um referendo defensor da soberania e a entrada em vigor de nove novos impostos, incluído um sobre os depósitos bancários, recorrido hoje pelo Governo espanhol perante o Tribunal Constitucional.

A ERC é uma formação de esquerda, republicana e independentista, que dobrou sua presença nas eleições de novembro.

O Governo espanhol lembrou às autoridades regionais catalãs que uma consulta como a que pretende realizar não está contemplada na Constituição e, por isso, seria ilegal.


A comunidade autônoma da Catalunha, com 7,5 milhões de habitantes, fornece 18% do PIB espanhol, e é uma das mais ricas da Espanha , mas neste ano teve que recorrer ao fundo de resgate criado pelo Governo espanhol para as regiões com problemas de financiamento para pedir emprestados mais de 5 bilhões de euros.

Os nacionalistas catalães sustentam que fornecem mais do que recebem dos cofres do Estado e, por isso, pouco antes da convocação das eleições, adiantadas em dois anos, Mas pediu a Rajoy um tratamento fiscal diferenciado, que este rejeitou.

A primeira legislatura de Mas esteve marcada pela crise econômica e a necessidade de reduzir o déficit, que lhe obrigou a realizar fortes cortes em Saúde e Educação.

A ERC, por sua parte, não compartilha a política de cortes realizada pelo Governo regional na etapa anterior.

Sobre o caminho defensor da soberania empreendido pela Catalunha, Rajoy assegurou em entrevista publicada hoje pelo jornal "El Mundo" que a observa com "tranquilidade", porque "todos estamos submetidos ao império da lei", e com preocupação, já que "o que está acontecendo é ruim para a Catalunha e para o conjunto da Espanha".

"É uma situação complexa e difícil. E eu estou disposto a ajudar a superá-la. A única coisa que tenho a dizer é que a lei é igual para todos", acrescentou.

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