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Na ONU, Síria compara ação rebelde ao 11 de Setembro

ONU afirma que mais de 100 mil pessoas morreram na guerra civil síria, que já dura dois anos e meio

Walid al-Moualem: "O povo de Nova York testemunhou as devastações do terrorismo e foi consumido no fogo do extremismo e do derramamento de sangue, da mesma maneira que estamos sofrendo agora na Síria" (Sergei Karpukhin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 14h25.

Nações Unidas - O ministro das Relações Exteriores da Síria , Walid al-Moualem, comparou nesta segunda-feira o que descreveu como uma invasão de terroristas estrangeiros em seu país aos ataques de 11 de setembro de 2011 aos Estados Unidos .

Em discurso na reunião anual da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Moualem também disse que "terroristas de mais de 83 países estão envolvidos na matança de nosso povo e nosso Exército sob o apelo da jihad (guerra santa) global Takfiri (Takfiri se refere ao muçulmano infiel ou não-praticante)".

A ONU afirma que mais de 100 mil pessoas morreram na guerra civil síria, que já dura dois anos e meio. O levante começou em março de 2011, quando o governo tentou sufocar manifestações pró-democracia. Atualmente mais de metade dos 20 milhões de sírios precisa de ajuda.

"O povo de Nova York testemunhou as devastações do terrorismo e foi consumido no fogo do extremismo e do derramamento de sangue, da mesma maneira que estamos sofrendo agora na Síria", disse Moualem, referindo-se aos ataques de 11 de Setembro.

"Como alguns países, atingidos pelo mesmo terrorismo que sofremos agora na Síria, podem afirmam que combatem o terrorismo em todo o mundo enquanto o apóiam em meu país?", indagou.

O governo do presidente Bashar Al-Assad acusa Turquia, Arábia Saudita, Catar, Grã-Bretanha, França e os EUA de armar, financiar e treinar forças rebeldes na Síria.

Moualem descartou a ideia de que haja rebeldes moderados em seu país, que as potências ocidentais dizem ser aqueles que pretendem apoiar.


"As afirmações sobre a existência de militantes moderados e extremistas se tornaram uma piada de mau gosto", disse ele na assembleia de 193 nações. "Terrorismo é terrorismo. Não pode ser classificado como moderado e extremista." JIHADISTAS NA SÍRIA Moualem também mencionou vídeos perturbadores publicados na Internet no início do ano nos quais um rebelde come o que parece ser o coração de um soldado do governo.

"As cenas de assassinato, massacre, de corações humanos sendo devorados foram mostradas na TV, mas não tocaram consciências cegas", afirmou.

"Há civis inocentes cujas cabeças foram postas em grelhas só porque violaram a ideologia extremista e as visões distorcidas da Al Qaeda", disse.

"Na Síria há assassinos que desmembram pessoas vivas e enviam os membros às famílias, só porque esses cidadãos estão defendendo uma Síria unificada e secular", declarou Moualem.

No início deste mês, investigadores de direitos humanos da ONU disseram que desde julho rebeldes sírios linha-dura e combatentes estrangeiros, invocando a jihad, aumentaram os assassinatos, execuções e outros abusos no norte do país.

Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU obteve um raro momento de unidade a respeito da guerra síria aprovando uma resolução que exige a eliminação do arsenal químico da Síria até meados de 2014. A Rússia, aliada de Assad, também apoiou a medida, baseada em um plano que EUA e Rússia acordaram em Genebra.

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Em discurso na reunião anual da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Moualem também disse que "terroristas de mais de 83 países estão envolvidos na matança de nosso povo e nosso Exército sob o apelo da jihad (guerra santa) global Takfiri (Takfiri se refere ao muçulmano infiel ou não-praticante)".

A ONU afirma que mais de 100 mil pessoas morreram na guerra civil síria, que já dura dois anos e meio. O levante começou em março de 2011, quando o governo tentou sufocar manifestações pró-democracia. Atualmente mais de metade dos 20 milhões de sírios precisa de ajuda.

"O povo de Nova York testemunhou as devastações do terrorismo e foi consumido no fogo do extremismo e do derramamento de sangue, da mesma maneira que estamos sofrendo agora na Síria", disse Moualem, referindo-se aos ataques de 11 de Setembro.

"Como alguns países, atingidos pelo mesmo terrorismo que sofremos agora na Síria, podem afirmam que combatem o terrorismo em todo o mundo enquanto o apóiam em meu país?", indagou.

O governo do presidente Bashar Al-Assad acusa Turquia, Arábia Saudita, Catar, Grã-Bretanha, França e os EUA de armar, financiar e treinar forças rebeldes na Síria.

Moualem descartou a ideia de que haja rebeldes moderados em seu país, que as potências ocidentais dizem ser aqueles que pretendem apoiar.


"As afirmações sobre a existência de militantes moderados e extremistas se tornaram uma piada de mau gosto", disse ele na assembleia de 193 nações. "Terrorismo é terrorismo. Não pode ser classificado como moderado e extremista." JIHADISTAS NA SÍRIA Moualem também mencionou vídeos perturbadores publicados na Internet no início do ano nos quais um rebelde come o que parece ser o coração de um soldado do governo.

"As cenas de assassinato, massacre, de corações humanos sendo devorados foram mostradas na TV, mas não tocaram consciências cegas", afirmou.

"Há civis inocentes cujas cabeças foram postas em grelhas só porque violaram a ideologia extremista e as visões distorcidas da Al Qaeda", disse.

"Na Síria há assassinos que desmembram pessoas vivas e enviam os membros às famílias, só porque esses cidadãos estão defendendo uma Síria unificada e secular", declarou Moualem.

No início deste mês, investigadores de direitos humanos da ONU disseram que desde julho rebeldes sírios linha-dura e combatentes estrangeiros, invocando a jihad, aumentaram os assassinatos, execuções e outros abusos no norte do país.

Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU obteve um raro momento de unidade a respeito da guerra síria aprovando uma resolução que exige a eliminação do arsenal químico da Síria até meados de 2014. A Rússia, aliada de Assad, também apoiou a medida, baseada em um plano que EUA e Rússia acordaram em Genebra.

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