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Mursi se inspira no Brasil para lutar contra a pobreza

O Brasil será o primeiro país da América Latina a ser visitado pelo líder egípcio desde sua eleição, há dez meses

O presidente egípcio, Mohamed Mursi: apesar de ter reconhecido que o nível dos vínculos comerciais entre Egito e Brasil ainda é "baixo", o presidente prevê que as trocas entre os dois países aumentará nos próximos anos. (Manan Vatsyayana/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Cairo - O Egito busca inspiração na luta contra a pobreza travada pelo Brasil e pretende aderir aos Brics - grupo que reúne os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, disse em entrevista exclusiva à Agência Efe o presidente egípcio, Mohamed Mursi, que começa amanhã uma visita oficial a terras brasileiras.

O Brasil, que será o primeiro país da América Latina a ser visitado pelo líder egípcio desde sua eleição, há dez meses, tem uma "grande experiência nos campos da justiça social e da mudança democrática", algo que, em sua opinião, é muito aproveitável para o Egito.

"Quero criar uma ponte verdadeira de cooperação entre o Egito e a América Latina, e, com o seu líder, o Brasil", explicou Mursi, que assegurou ser consciente da importância que essas relações terão para o seu país no futuro.

Mursi relatou que, desde que presidia o Partido Liberdade e Justiça (PLJ, braço político da Irmandade Muçulmana), deu enfoque especial em cultivar seus vínculos com a diplomacia latino-americana.

Apesar de ter reconhecido que o nível dos vínculos comerciais entre Egito e Brasil ainda é "baixo", o presidente egípcio prevê que o volume das trocas entre os dois países aumentará nos próximos anos.

Por isso, expressou o desejo de abrir as oportunidades de investimento aos empresários brasileiros nos setores de produção energética, energia renovável e mineração.


Mursi assegurou que essa relação bilateral representa para ele "um dos eixos do investimento e da promoção do desenvolvimento no Egito, graças ao aproveitamento das experiências dos demais".

O Egito atravessa uma grave crise econômica desde a revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, que se viu agravada pela contínua instabilidade política e a violência vividas durante a transição.

As autoridades egípcias mantêm conversas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo de US$ 4,8 bilhões, que, segundo disse Mursi à Efe, serão concluídas em menos de um mês.

Um dos principais objetivos de sua visita de três dias ao Brasil será tratar com as autoridades brasileiras o desejo do Egito de aderir aos Brics.

"Acredito que se for estudada a adesão do Egito aos Brics para transformá-los nos E-Brics, isso dará bons resultados para o Egito e todos os países integrantes", assinalou.

Desde que assumiu a Presidência, em junho de 2012, Mursi visitou China, Índia, Rússia e África do Sul, onde assistiu à quinta cúpula anual dos Brics, e em todos esses países concentrou seus esforços na atração de investimentos.


Os Brics representam 42% da população mundial e 45% da força de trabalho existente no planeta, segundo dados do grupo.

Em 2012, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul somaram 21% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e o comércio entre eles alcançou US$ 282 bilhões.

Um relatório do Ministério das Finanças egípcio assinalou na semana passada que o PIB do país cresceu 2,4% durante o primeiro semestre do ano fiscal 2012/2013 - de setembro a março -, em comparação com o índice de 0,3% no mesmo período do ano anterior.

"O Egito tem a capacidade de ser membro dos Brics devido a seus abundantes recursos e por sua capacidade de crescimento e de grande rendimento dos investimentos", ressaltou Mursi.

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O Brasil, que será o primeiro país da América Latina a ser visitado pelo líder egípcio desde sua eleição, há dez meses, tem uma "grande experiência nos campos da justiça social e da mudança democrática", algo que, em sua opinião, é muito aproveitável para o Egito.

"Quero criar uma ponte verdadeira de cooperação entre o Egito e a América Latina, e, com o seu líder, o Brasil", explicou Mursi, que assegurou ser consciente da importância que essas relações terão para o seu país no futuro.

Mursi relatou que, desde que presidia o Partido Liberdade e Justiça (PLJ, braço político da Irmandade Muçulmana), deu enfoque especial em cultivar seus vínculos com a diplomacia latino-americana.

Apesar de ter reconhecido que o nível dos vínculos comerciais entre Egito e Brasil ainda é "baixo", o presidente egípcio prevê que o volume das trocas entre os dois países aumentará nos próximos anos.

Por isso, expressou o desejo de abrir as oportunidades de investimento aos empresários brasileiros nos setores de produção energética, energia renovável e mineração.


Mursi assegurou que essa relação bilateral representa para ele "um dos eixos do investimento e da promoção do desenvolvimento no Egito, graças ao aproveitamento das experiências dos demais".

O Egito atravessa uma grave crise econômica desde a revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, que se viu agravada pela contínua instabilidade política e a violência vividas durante a transição.

As autoridades egípcias mantêm conversas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo de US$ 4,8 bilhões, que, segundo disse Mursi à Efe, serão concluídas em menos de um mês.

Um dos principais objetivos de sua visita de três dias ao Brasil será tratar com as autoridades brasileiras o desejo do Egito de aderir aos Brics.

"Acredito que se for estudada a adesão do Egito aos Brics para transformá-los nos E-Brics, isso dará bons resultados para o Egito e todos os países integrantes", assinalou.

Desde que assumiu a Presidência, em junho de 2012, Mursi visitou China, Índia, Rússia e África do Sul, onde assistiu à quinta cúpula anual dos Brics, e em todos esses países concentrou seus esforços na atração de investimentos.


Os Brics representam 42% da população mundial e 45% da força de trabalho existente no planeta, segundo dados do grupo.

Em 2012, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul somaram 21% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e o comércio entre eles alcançou US$ 282 bilhões.

Um relatório do Ministério das Finanças egípcio assinalou na semana passada que o PIB do país cresceu 2,4% durante o primeiro semestre do ano fiscal 2012/2013 - de setembro a março -, em comparação com o índice de 0,3% no mesmo período do ano anterior.

"O Egito tem a capacidade de ser membro dos Brics devido a seus abundantes recursos e por sua capacidade de crescimento e de grande rendimento dos investimentos", ressaltou Mursi.

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