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Mundo do vinho ainda é muito masculino, dizem francesas

Associação "Les diVINes d"Alsace", criada para reivindicar a presença da mulher no setor, afirmou que o mundo desta bebida continua sendo dominado pelos homens

Mulher coloca vinho em taça: Véronique Muré, tesoureira da "Les diVINes d"Alsace", diz que homens "começam a se dar conta da qualidade dos vinhos feitos pelas mulheres" (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 16h29.

Estrasburgo - A associação "Les diVINes d"Alsace", criada para reivindicar a presença da mulher no setor do vinho , afirmou nesta quinta-feira que o mundo desta bebida continua sendo dominado pelos homens, e que as mulheres encontram muitas dificuldades para elaborar seu próprio produto.

Assim o expressaram perante o Conselho da Europa a presidente da associação, Melanie Pfister, e sua tesoureira, Véronique Muré, dentro de um debate promovido pela organização pan-europeia no Dia Internacional da Mulher.

A "Les diVINes d"Alsace" já conta com 71 membros, que se reúnem para degustar e falar sobre vinhos.

"Agora, não tenho um sentimento de discriminação", disse Véronique, representante da 12ª geração à frente da adega Clos Saint Landelin, de Rouffach, que afirmou ter visto "comportamentos misóginos" (caracterizado por uma profunda desconfiança em relação às mulheres) em seu período de aprendizagem na Borgonha. Agora, 15 anos depois, afirma: "Ser mulher é mais uma oportunidade do que um problema".

Melanie, que trabalha em uma adega que leva seu nome em Dahlenheim, afirmou que o papel da mulher no mundo do vinho sempre esteve relegado "a questões administrativas". Ela lembra que há dez anos havia adegas da Borgonha que não aceitavam mulheres em práticas de vitivinicultura.

Ciente do toque especial que uma vitivinicultora pode dar a um vinho em sua elaboração, Véronique afirmou que os homens "começam a se dar conta da qualidade dos vinhos feitos pelas mulheres".

Nos 15 mil hectares de vinhedos da região de Alsácia, as mulheres representam menos de 5% dos enólogos, segundo os representantes da "Les diVINes d"Alsace". E para o Conselho da Europa, a discriminação persiste.

A responsável do programa de Igualdade da organização pan-europeia, Carolina Lasen, citou os objetivos neste sentido: lutar contra os estereótipos e o sexismo, prevenir e combater a violência de gênero, fomentar a igualdade de acesso à Justiça, favorecer uma a democracia igualitária através de cotas e integrar as políticas de igualdade.

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Estrasburgo - A associação "Les diVINes d"Alsace", criada para reivindicar a presença da mulher no setor do vinho , afirmou nesta quinta-feira que o mundo desta bebida continua sendo dominado pelos homens, e que as mulheres encontram muitas dificuldades para elaborar seu próprio produto.

Assim o expressaram perante o Conselho da Europa a presidente da associação, Melanie Pfister, e sua tesoureira, Véronique Muré, dentro de um debate promovido pela organização pan-europeia no Dia Internacional da Mulher.

A "Les diVINes d"Alsace" já conta com 71 membros, que se reúnem para degustar e falar sobre vinhos.

"Agora, não tenho um sentimento de discriminação", disse Véronique, representante da 12ª geração à frente da adega Clos Saint Landelin, de Rouffach, que afirmou ter visto "comportamentos misóginos" (caracterizado por uma profunda desconfiança em relação às mulheres) em seu período de aprendizagem na Borgonha. Agora, 15 anos depois, afirma: "Ser mulher é mais uma oportunidade do que um problema".

Melanie, que trabalha em uma adega que leva seu nome em Dahlenheim, afirmou que o papel da mulher no mundo do vinho sempre esteve relegado "a questões administrativas". Ela lembra que há dez anos havia adegas da Borgonha que não aceitavam mulheres em práticas de vitivinicultura.

Ciente do toque especial que uma vitivinicultora pode dar a um vinho em sua elaboração, Véronique afirmou que os homens "começam a se dar conta da qualidade dos vinhos feitos pelas mulheres".

Nos 15 mil hectares de vinhedos da região de Alsácia, as mulheres representam menos de 5% dos enólogos, segundo os representantes da "Les diVINes d"Alsace". E para o Conselho da Europa, a discriminação persiste.

A responsável do programa de Igualdade da organização pan-europeia, Carolina Lasen, citou os objetivos neste sentido: lutar contra os estereótipos e o sexismo, prevenir e combater a violência de gênero, fomentar a igualdade de acesso à Justiça, favorecer uma a democracia igualitária através de cotas e integrar as políticas de igualdade.

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