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Mundo deve aceitar risco por paz no Oriente Médio, diz Obama

As negociações de paz no Oriente Médio foram retomadas em julho, após quase três anos de estagnação

Barack Obama: presidente afirmou que EUA continuam "determinados a resolver um conflito que data de antes mesmo das nossas divergências com o Irã: o conflito entre palestinos e israelenses" (Kevin Lamarque/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 18h15.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , pediu nesta terça-feira que a comunidade internacional supere velhos preconceitos e assuma os riscos necessários para alcançar um acordo de paz entre israelenses e palestinos.

"O momento é apropriado para que a comunidade internacional tente buscar a paz. Os líderes israelenses e palestinos demonstraram vontade para aceitar riscos políticos significativos", afirmou Obama, na Assembleia Geral da ONU .

Dois anos depois da poderosa argumentação do presidente palestino, Mahmud Abbas, na cúpula anual da ONU para que a organização concedesse o status de Estado ao seu povo, Obama afirmou que os Estados Unidos continuam "determinados a resolver um conflito que data de antes mesmo das nossas divergências com o Irã: o conflito entre palestinos e israelenses".

As negociações de paz no Oriente Médio foram retomadas em julho, após quase três anos de estagnação. O secretário de Estado americano, John Kerry, levou meses para tentar convencer ambos os lados a retomar o diálogo.

Com a mediação do mais uma vez enviado especial americano Martin Indyk, negociadores israelenses e palestinos se reuniram discretamente para insistir em algumas das questões mais espinhosas para ambas as partes e que impedem a criação de dois Estados vivendo lado a lado.

Em setembro de 2011, Abbas entregou um pedido formal pelo reconhecimento de um Estado palestino ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e foi ovacionado ao se dirigir à Assembleia Geral.

Em seu discurso, ele garantiu que os palestinos estavam dispostos a retomar as conversas de paz, se Israel acabasse com sua política de assentamentos em territórios palestinos. O gesto foi imediatamente rejeitado por Israel e pelos Estados Unidos.


Obama elogiou Abbas por deixar os atalhos de lado para buscar a paz e "voltar à mesa de negociações". Elogiou ainda a iniciativa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de libertar prisioneiros palestinos e afirmou que "as conversas atuais estão centradas em questões sobre o status final de fronteiras e segurança, refugiados e Jerusalém".

"Agora, o restante de nós tem de estar disposto a aceitar riscos", insistiu Obama.

"Os amigos de Israel, incluindo os Estados Unidos, devem reconhecer que a segurança de Israel como um Estado judeu e democrático depende da concretização de um Estado palestino", declarou Obama.

"Os Estados árabes - e aqueles que apoiam os palestinos - devem reconhecer que apenas se conseguirá estabilidade por intermédio de uma solução baseada em dois Estados com um Israel seguro", frisou.

"E todos nós devemos reconhecer que a paz será uma ferramenta poderosa para derrotar extremistas e incentivar os que estão preparados para construir um futuro melhor", declarou.

"Por esse motivo, devemos sair dos lugares comuns da culpa e do preconceito e apoiar os líderes israelenses e palestinos que estão preparados para caminhar pela difícil estrada para a paz", completou Obama.

O presidente Obama deve se reunir com Mahmud Abbas em paralelo à Assembleia-Geral da ONU, iniciada nesta terça-feira, em Nova York.

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , pediu nesta terça-feira que a comunidade internacional supere velhos preconceitos e assuma os riscos necessários para alcançar um acordo de paz entre israelenses e palestinos.

"O momento é apropriado para que a comunidade internacional tente buscar a paz. Os líderes israelenses e palestinos demonstraram vontade para aceitar riscos políticos significativos", afirmou Obama, na Assembleia Geral da ONU .

Dois anos depois da poderosa argumentação do presidente palestino, Mahmud Abbas, na cúpula anual da ONU para que a organização concedesse o status de Estado ao seu povo, Obama afirmou que os Estados Unidos continuam "determinados a resolver um conflito que data de antes mesmo das nossas divergências com o Irã: o conflito entre palestinos e israelenses".

As negociações de paz no Oriente Médio foram retomadas em julho, após quase três anos de estagnação. O secretário de Estado americano, John Kerry, levou meses para tentar convencer ambos os lados a retomar o diálogo.

Com a mediação do mais uma vez enviado especial americano Martin Indyk, negociadores israelenses e palestinos se reuniram discretamente para insistir em algumas das questões mais espinhosas para ambas as partes e que impedem a criação de dois Estados vivendo lado a lado.

Em setembro de 2011, Abbas entregou um pedido formal pelo reconhecimento de um Estado palestino ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e foi ovacionado ao se dirigir à Assembleia Geral.

Em seu discurso, ele garantiu que os palestinos estavam dispostos a retomar as conversas de paz, se Israel acabasse com sua política de assentamentos em territórios palestinos. O gesto foi imediatamente rejeitado por Israel e pelos Estados Unidos.


Obama elogiou Abbas por deixar os atalhos de lado para buscar a paz e "voltar à mesa de negociações". Elogiou ainda a iniciativa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de libertar prisioneiros palestinos e afirmou que "as conversas atuais estão centradas em questões sobre o status final de fronteiras e segurança, refugiados e Jerusalém".

"Agora, o restante de nós tem de estar disposto a aceitar riscos", insistiu Obama.

"Os amigos de Israel, incluindo os Estados Unidos, devem reconhecer que a segurança de Israel como um Estado judeu e democrático depende da concretização de um Estado palestino", declarou Obama.

"Os Estados árabes - e aqueles que apoiam os palestinos - devem reconhecer que apenas se conseguirá estabilidade por intermédio de uma solução baseada em dois Estados com um Israel seguro", frisou.

"E todos nós devemos reconhecer que a paz será uma ferramenta poderosa para derrotar extremistas e incentivar os que estão preparados para construir um futuro melhor", declarou.

"Por esse motivo, devemos sair dos lugares comuns da culpa e do preconceito e apoiar os líderes israelenses e palestinos que estão preparados para caminhar pela difícil estrada para a paz", completou Obama.

O presidente Obama deve se reunir com Mahmud Abbas em paralelo à Assembleia-Geral da ONU, iniciada nesta terça-feira, em Nova York.

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