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Morre um em desocupação da refinaria da Petrobras na Bolívia

Policiais que desocuparam a refinaria de gás não tiveram responsabilidade na morte registrada na noite de ontem, disse o vice-ministro do Regime Interior e Polícia

Petrobrás: Uma comissão de promotores e policiais tentou dialogar com os manifestantes na tarde de ontem (Sergio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 21h14.

La Paz - Uma pessoa morreu durante uma operação policial para despejar centenas de manifestantes que haviam ocupado uma refinaria de gás natural operada pela Petrobras na Bolívia, informou nesta terça-feira fontes do governo de Evo Morales.

Em entrevista coletiva, o vice-ministro do Regime Interior e Polícia, Jorge Pérez, assegurou hoje que os policiais que desocuparam a refinaria de gás não tiveram responsabilidade na morte registrada na noite de ontem, enquanto os familiares da vítima, identificada como Ambrosio González Rojas, de 49 anos, desmentem as palavras do vice-ministro.

Durante a ocupação do campo de Caranda, situado no departamento de Santa Cruz, os manifestantes fecharam as válvulas da refinaria, o que causou perdas diárias de US$ 130 mil devido à interrupção da produção de 200 barris de petróleo e 13 milhões de pés cúbicos de gás.

Uma comissão de promotores e policiais tentou dialogar com os manifestantes na tarde de ontem, porém, como a negociação não teve êxito, os agentes decidiram reocupar o campo horas depois.

Ambrosio González Rojas, que morreu a caminho do hospital, foi ferido na perna em um confuso incidente durante o despejo, no qual a polícia assegura que só houve disparo de granadas de gás lacrimogêneo.

Segundo Pérez, González foi atingido na perna por uma espécie de tiro de ''bolinha de vidro'', similar ao mármore, disparada com uma arma caseira que os camponeses locais usam para caçar.


Lorenzo González, filho da vítima, disse aos jornalistas que os agentes ''lançaram bombas de gás e, posteriormente, começaram a disparar contra os manifestantes''. De acordo com Lorenzo, um desses disparos atingiu seu pai.

''O Governo deve responder pela morte do meu pai porque a mobilização era pacífica e não havia necessidade dos policiais usarem armas'', disse Lorenzo González ao jornal ''La Razón''.

Os camponeses do povoado de Buenavista ocuparam a refinaria da Petrobras no último domingo para cobrar projetos de infraestrutura e construção de pontes e estradas no meio de um conflito entre militantes do partido governante pelo controle da Prefeitura.

Na Bolívia, a ocupação de refinarias e campos de gás e petróleo, assim como de minas, é uma forma habitual de protesto por parte dos camponeses e indígenas para reivindicar obras de desenvolvimento e pressionar as autoridades.

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La Paz - Uma pessoa morreu durante uma operação policial para despejar centenas de manifestantes que haviam ocupado uma refinaria de gás natural operada pela Petrobras na Bolívia, informou nesta terça-feira fontes do governo de Evo Morales.

Em entrevista coletiva, o vice-ministro do Regime Interior e Polícia, Jorge Pérez, assegurou hoje que os policiais que desocuparam a refinaria de gás não tiveram responsabilidade na morte registrada na noite de ontem, enquanto os familiares da vítima, identificada como Ambrosio González Rojas, de 49 anos, desmentem as palavras do vice-ministro.

Durante a ocupação do campo de Caranda, situado no departamento de Santa Cruz, os manifestantes fecharam as válvulas da refinaria, o que causou perdas diárias de US$ 130 mil devido à interrupção da produção de 200 barris de petróleo e 13 milhões de pés cúbicos de gás.

Uma comissão de promotores e policiais tentou dialogar com os manifestantes na tarde de ontem, porém, como a negociação não teve êxito, os agentes decidiram reocupar o campo horas depois.

Ambrosio González Rojas, que morreu a caminho do hospital, foi ferido na perna em um confuso incidente durante o despejo, no qual a polícia assegura que só houve disparo de granadas de gás lacrimogêneo.

Segundo Pérez, González foi atingido na perna por uma espécie de tiro de ''bolinha de vidro'', similar ao mármore, disparada com uma arma caseira que os camponeses locais usam para caçar.


Lorenzo González, filho da vítima, disse aos jornalistas que os agentes ''lançaram bombas de gás e, posteriormente, começaram a disparar contra os manifestantes''. De acordo com Lorenzo, um desses disparos atingiu seu pai.

''O Governo deve responder pela morte do meu pai porque a mobilização era pacífica e não havia necessidade dos policiais usarem armas'', disse Lorenzo González ao jornal ''La Razón''.

Os camponeses do povoado de Buenavista ocuparam a refinaria da Petrobras no último domingo para cobrar projetos de infraestrutura e construção de pontes e estradas no meio de um conflito entre militantes do partido governante pelo controle da Prefeitura.

Na Bolívia, a ocupação de refinarias e campos de gás e petróleo, assim como de minas, é uma forma habitual de protesto por parte dos camponeses e indígenas para reivindicar obras de desenvolvimento e pressionar as autoridades.

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