Evo Morales: ele afirmou que os "bolivianos sofrem um tratamento denigrente e discriminatório" (Eduardo Munoz/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2016 às 09h23.
Genebra - O presidente da <a href="https://exame.com.br/topicos/bolivia"><strong>Bolívia</strong></a>, <a href="https://exame.com.br/topicos/evo-morales"><strong>Evo Morales</strong></a>, acusou nesta sexta-feira explicitamente o governo do <a href="https://exame.com.br/topicos/chile"><strong>Chile </strong></a>de violar os <a href="https://exame.com.br/topicos/direitos-humanos"><strong>direitos humanos </strong></a> dos bolivianos com suas ações ou omissões no tratamento às transportadoras de seu país.</p>
Morales se dirigiu ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e em seu pronunciamento se referiu exclusivamente à falta de acesso de seu país ao mar e aos impedimentos que o Chile implementa para dificultar a chegada de bolivianos ao Pacífico.
Após relatar de forma pormenorizada e com exemplos tais impedimentos, o presidente boliviano acusou diretamente o Chile de violar os direitos humanos de seus concidadãos.
Morales afirmou que os "bolivianos sofrem um tratamento denigrente e discriminatório" por parte das autoridades chilenas, e acusou estas de "fomentar a discriminação racial".
Apesar desta situação "que desafia os princípios mais elementares da Carta Fundamental dos Direitos Humanos e as instituições multilaterais responsáveis por garanti-los", Morales disse que "acredita" que continuar o caminho do "diálogo" possa resolver as controvérsias entre ambos os países.
A Bolívia reivindica uma saída para o mar há décadas e há três anos levou a disputa até os tribunais, ao apresentar um requerimento à Corte Internacional de Justiça de Haia (CIJ) na qual solicita que se obrigue o Chile a negociar e conceder-lhe um acesso soberano ao oceano Pacífico, que perdeu em 1879.
Em setembro do ano passado, a CIJ se declarou competente para dirimir a disputa.