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Ministros de partido governista renunciam e deflagram crise política na Itália

Decisão inviabiliza a coalizão governista liderada pelo partido Movimento 5 Estrelas e deve forçar o premiê a buscar um novo parceiro

Primeiro ministro italiano Giuseppe Conte (Ciro de Luca/Reuters)

Primeiro ministro italiano Giuseppe Conte (Ciro de Luca/Reuters)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 13 de janeiro de 2021 às 15h32.

Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 17h45.

O líder do partido Italia Viva, Matteo Renzi, anunciou nesta quarta-feira, 13, a renúncia de todos os ministros da legenda do gabinete do primeiro-ministro Giuseppe Conte. A decisão inviabiliza a coalizão governista liderada pelo partido Movimento 5 Estrelas e deve forçar o premiê a buscar um novo parceiro para formar a maioria no Parlamento ou convocar eleições antecipadas.

Em entrevista coletiva, Renzi acusou Conte de concentrar poder. "Essa crise já estava aberta há meses, nós precisamos respeitar as regras democráticas: estamos aqui para resolver problemas, não em um reality show", criticou.

O impasse atual é resultado das insatisfações de Renzi quanto ao projeto do governo que mobiliza os recursos alocados pela União Europeia no âmbito do Fundo de Recuperação.

O político tem pressionado por mais verbas para os setores de educação, cultura e saúde. "É irresponsável não pegar o dinheiro por razões ideológicas", pontuou.

Na manhã desta quarta-feira (13), o gabinete do primeiro-ministro aprovou os planos para a mobilização dos 209 bilhões de euros concedidos pela União Europeia.

O projeto é alvo de críticas do partido Italia Viva, de Renzi. No centro do impasse estão divergências sobre a melhor maneira de se alocar o dinheiro disponibilizado pela UE. A sigla de Renzi quer mais verbas para os setores de educação, agricultura e cultura.

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