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Ministro venezuelano diz que advertência de Trump é "loucura"

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou ontem que não descarta uma "opção militar" para a Venezuela

Venezuela: "Há uma elite extremista no governo dos EUA", disse o ministro da Defesa (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de agosto de 2017 às 08h50.

Caracas - O ministro da Defesa da Venezuela , Vladimir Padrino López, tachou nesta sexta-feira de "loucura" a advertência feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , na qual este assegurou que uma "ação militar" não está descartada no país sul-americano.

"Eu digo que isto é um ato de loucura, de supremo extremismo. Há uma elite extremista no governo dos EUA, com a qual eu realmente não sei o que está acontecendo. O que vai a acontecer no mundo, se eles vão acabar com a humanidade, com o planeta terra e todos os seus recursos?", disse o ministro.

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Durante uma entrevista telefônica à emissora estatal "VTV", Padrino López disse preferir que a diplomacia venezuelana tome uma posição pelo governo, e acrescentou que, "como um soldado", estará ao lado das forças armadas "na primeira fileira, defendendo os interesses e a soberania" da Venezuela.

O ministro de comunicação venezuelano, Ernesto Villegas, informou depois que o governo de Nicolás Maduro notificou o corpo diplomático acreditado em Caracas para tratar deste assunto amanhã, sábado, "quando será divulgado um comunicado sobre a ameaça imperialista contra a Venezuela".

"Temos muitas opções para a Venezuela, inclusive uma possível ação militar se for necessário", disse Trump em seu clube de golfe de Bedminster (Nova Jersey), onde está passando suas férias, após reunir-se com o secretário de Estado, Rex Tillerson; a embaixadora na ONU, Nikki Haley, e seu conselheiro de segurança nacional, H.R. McMaster.

"Não vou descartar uma ação militar (...). A opção militar é algo que, certamente, podemos buscar", enfatizou o presidente americano aos jornalistas.

"Temos tropas no mundo todo, em lugares muito distantes. A Venezuela não é muito longe. E as pessoas estão sofrendo e morrendo", acrescentou Trump.

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