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Ministro israelense apoia solução de dois Estados

O ministro da Defesa se mostrou favorável a uma solução com troca de terras e de população para garantir a homogeneidade do povo israelense

Bandeira da Palestina: segundo essa ideia, as terras povoadas por colonos judeus nos territórios palestinos se integrariam em Israel (Mohamad Torokman / Reuters)
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AFP

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 09h35.

O ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman, se mostrou no sábado favorável a uma solução de dois Estados com troca de terras e de população para garantir a homogeneidade do povo israelense.

Na Conferência sobre Segurança em Munique, Lieberman disse que a saída para o conflito israelense-palestino implicava em uma solução de dois Estados, mas diferente da que costumam propor.

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"Meu problema é que a atual proposta diz que devemos estabelecer um Estado palestino homogêneo, sem nenhum judeu, e nós nos converteremos em um Estado binacional e 20% da população será palestina", declarou Lieberman durante a Conferência.

"Acredito que o princípio básico de uma solução (de dois Estados) deva ser uma troca de terras e de população", assegurou.

Segundo essa ideia, as terras povoadas por colonos judeus nos territórios palestinos se integrariam em Israel, enquanto as localidades israelenses povoadas por árabes entrariam no futuro Estado palestino.

Os árabes israelenses, descendentes dos palestinos que permaneceram em sua terra após a criação de Israel, representam hoje em dia 17,5% da população do país.

Alguns israelenses temem que seu crescente peso demográfico ameace a identidade judaica do país.

Nos últimos anos, a criação de um Estado palestino junto com Israel foi a solução preferida da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, para acabar com o conflito israelense-palestino.

O presidente americano, Donald Trump, pareceu se distanciar da solução de dois Estados nesta semana ao receber o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, embora 24 horas depois a embaixadora dos Estados Unidos na ONU tenha reafirmado o apoio de Washington a esse princípio.

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