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Ministro das Finanças belga propõe criação de Governo provisório

Reynders defende que o Executivo provisório funcione até o meio do ano com condições de adotar medidas urgentes no setor econômico

"Devemos trabalhar nos próximos dias para criar um Governo, com um programa limitado", disse Didier Reynders, ministro das Finanças da Bélgica (Mark Renders/Getty Images)

"Devemos trabalhar nos próximos dias para criar um Governo, com um programa limitado", disse Didier Reynders, ministro das Finanças da Bélgica (Mark Renders/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2011 às 13h14.

Bruxelas - O ministro das Finanças interino belga, Didier Reynders, propôs a constituição de um Governo provisório com competências limitadas para mitigar o nervosismo dos mercados diante da falta de Executivo, mais de seis meses depois da realização de eleições antecipadas.

Reynders defende que o Executivo provisório funcione até o meio do ano com condições de adotar medidas urgentes no setor econômico e na redução do déficit público.

"Devemos trabalhar nos próximos dias para criar um Governo, com um programa limitado, que regule as questões orçamentárias e alguns outros problemas urgentes, como asilo e a imigração", conforme entrevista a "Laatste Nieuws".

O ministro das Finanças interino aposta que seja o próprio Governo interino a assumir este papel provisório, embora para isso devam chegar a acordos com os soberanistas do N-VA, que foram os vencedores das eleições em Flandres.

Por último, Reynders considera que se não houver acordo em junho, poderia ser necessário realizar novas eleições antecipadas.

Reynders, cuja formação não participa das negociações para formar Governo, alertou em dezembro sobre a necessidade de tomar decisões no terreno econômico o mais rápido possível, depois que a agência de medição de riscos Standard & Poor's anunciasse sua revisão à queda da nota da Bélgica como consequência da incerteza política.

Bélgica está imersa nesta crise desde junho, quando ocorreram as eleições antecipadas e os principais partidos do país começaram as negociações para formar Governo, que até agora não tiveram êxito.

Recentemente, o último mediador designado pelo rei Alberto II para buscar vias de solução à crise, Johan Vande Lanotte, apresentou sua demissão ao não conseguir que seu mapa do caminho fora aceito pelos partidos para reformar o Estado e formar um novo Governo.

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