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Militares pedem saída de manifestantes de área presidencial

Guarda Republicana ordenou o esvaziamento da área ao redor do palácio presidencial

Protestos no Egito em frente ao Palácio Presidencial: partidários do presidente vêm entrando em confronto com manifestantes da oposição (REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)
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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 12h22.

Cairo - A Guarda Republicana do Egito ordenou nesta quinta-feira que os manifestantes esvaziem a área ao redor do palácio presidencial, depois que violentos confrontos deixaram sete mortos. Em seguida, os grupos de islamistas começaram a sair do local.

A Presidência anunciou que a Guarda Republicana, cujas atribuições incluem a proteção do palácio, estabelecesse como prazo o horário das 15h (11h em Brasília) para que os partidários e oponentes do presidente Mohamed Musi deixassem a área transformada em campo de batalha.

Os partidários do presidente Mursi, integrante da organização islamista Irmandade Muçulmana, vêm entrando em confronto com manifestantes da oposição por causa da decisão do presidente, no mês passado, de ampliar seus poderes para assim poder impor uma Constituição redigida na maior parte pelos islamistas.

Uma testemunha da Reuters disse que parte das centenas de partidários de Mursi que haviam acampado durante a noite no entorno do palácio presidencial começou a deixar a área antes do prazo final fixado pela Guarda.

O comandante da Guarda, que começou a deslocar tanques e blindados com tropas para o local para ajudar a polícia, disse que a intenção era separar os adversários, e não reprimi-los.

"As forças armadas, e na dianteira, a Guarda Republicana, não serão usados como ferramentas para oprimir os manifestantes", afirmou o general Mohamed Zaki à agência estatal de notícias.


Mursi se manteve em silêncio nos últimos dias de turbulência, mas fará um pronunciamento à nação no fim do dia, segundo uma TV local, que citou como fonte um conselheiro presidencial.

Depois dos confrontos que prosseguiram pela noite, as ruas ao redor do palácio amanheceram mais calmas pela manhã, a não ser por um breve período em que manifestantes dos dois lados lançaram pedras uns contra os outros. Dezenas de oposicionistas ainda permanecem na área.

Risco de instabilidade

Militares presentes no local apelavam aos manifestantes para que recuassem e pusessem fim ao derramamento de sangue que está aprofundando as divisões no Egito e dificultando a busca de estabilidade e recuperação econômica, passados quase dois anos do início dos protestos que levaram à derrubada de Mubarak.

Além dos sete mortos, 350 pessoas ficaram feridas na capital e outras cidades nos conflitos iniciados com a decisão de Mursi de assumir poderes mais amplos, em 22 de novembro, para poder aprovar a Constituição do interesse dos islamistas. Seis dos mortos eram partidários de Mursi, segundo a Irmandade Muçulmana.

Os dois lados se culpam pela violência. Os opositores de Mursi o acusam de criar uma nova "ditadura" com seu decreto de 22 de novembro e ficaram mais revoltados quando uma assembleia dominada pelos islamistas aprovou o esboço de Constituição que será levado a referendo em 15 de dezembro.

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Cairo - A Guarda Republicana do Egito ordenou nesta quinta-feira que os manifestantes esvaziem a área ao redor do palácio presidencial, depois que violentos confrontos deixaram sete mortos. Em seguida, os grupos de islamistas começaram a sair do local.

A Presidência anunciou que a Guarda Republicana, cujas atribuições incluem a proteção do palácio, estabelecesse como prazo o horário das 15h (11h em Brasília) para que os partidários e oponentes do presidente Mohamed Musi deixassem a área transformada em campo de batalha.

Os partidários do presidente Mursi, integrante da organização islamista Irmandade Muçulmana, vêm entrando em confronto com manifestantes da oposição por causa da decisão do presidente, no mês passado, de ampliar seus poderes para assim poder impor uma Constituição redigida na maior parte pelos islamistas.

Uma testemunha da Reuters disse que parte das centenas de partidários de Mursi que haviam acampado durante a noite no entorno do palácio presidencial começou a deixar a área antes do prazo final fixado pela Guarda.

O comandante da Guarda, que começou a deslocar tanques e blindados com tropas para o local para ajudar a polícia, disse que a intenção era separar os adversários, e não reprimi-los.

"As forças armadas, e na dianteira, a Guarda Republicana, não serão usados como ferramentas para oprimir os manifestantes", afirmou o general Mohamed Zaki à agência estatal de notícias.


Mursi se manteve em silêncio nos últimos dias de turbulência, mas fará um pronunciamento à nação no fim do dia, segundo uma TV local, que citou como fonte um conselheiro presidencial.

Depois dos confrontos que prosseguiram pela noite, as ruas ao redor do palácio amanheceram mais calmas pela manhã, a não ser por um breve período em que manifestantes dos dois lados lançaram pedras uns contra os outros. Dezenas de oposicionistas ainda permanecem na área.

Risco de instabilidade

Militares presentes no local apelavam aos manifestantes para que recuassem e pusessem fim ao derramamento de sangue que está aprofundando as divisões no Egito e dificultando a busca de estabilidade e recuperação econômica, passados quase dois anos do início dos protestos que levaram à derrubada de Mubarak.

Além dos sete mortos, 350 pessoas ficaram feridas na capital e outras cidades nos conflitos iniciados com a decisão de Mursi de assumir poderes mais amplos, em 22 de novembro, para poder aprovar a Constituição do interesse dos islamistas. Seis dos mortos eram partidários de Mursi, segundo a Irmandade Muçulmana.

Os dois lados se culpam pela violência. Os opositores de Mursi o acusam de criar uma nova "ditadura" com seu decreto de 22 de novembro e ficaram mais revoltados quando uma assembleia dominada pelos islamistas aprovou o esboço de Constituição que será levado a referendo em 15 de dezembro.

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