Militantes sunitas querem controle de represas no Iraque
Militantes do grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) lançaram ataque no final de semana em uma tentativa de tomar a represa de Haditha
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2014 às 17h30.
Bagdá - Os militantes que agora controlam uma grande parte do Iraque lutam pelo controle sobre o fornecimento de água, um dos recursos mais preciosos do país.
Militantes do grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante ( EIIL ) lançaram um ataque no final de semana em uma tentativa de tomar a represa de Haditha, no oeste iraquiano.
Ao mesmo tempo, eles buscam o comando sobre a barragem de Mosul, a maior barragem do Iraque, no norte do país.
Ao tomar o controle das maiores reservas iraquianas de água, os militantes podem usar a água e a eletricidade para abastecer o território que eles agora dominam.
O grupo poderia até mesmo vender os recursos e usá-los como uma forma rentável de ganhos.
Eles poderiam até usar as represas como uma arma de guerra, inundando as regiões que se encontram ao longo do rio para barrar o avanço do exército iraquiano.
Os militantes já fizeram algo parecido com uma barragem menor que eles controlam, próximo a Bagdá.
Com as represas maiores, no entanto, isso seria mais difícil, já que poderia também inundar as áreas sob domínio dos insurgentes.
Na sexta-feira, os militantes lançaram um ataque em três frentes à cidade de Haditha, onde se encontra o dique de mesmo nome.
Guerrilheiros suicidas tentaram, mas não conseguiram explodir um tanque de óleo e caminhões cheios de explosivos.
O objetivo era destruir a última linha de defesa entre os insurgentes e a represa. Ao menos 35 pessoas do EIIL e 10 soldados morreram.
Os jihadistas também se aproximam da represa de Mosul, localizada ao norte da cidade com o mesmo nome, a segunda maior do Iraque.
O conflito na região se intensificou neste domingo, após as cidades próximas de Zumar e Sinjar caírem nas mãos dos militantes.
A água não é o primeiro recurso que o grupo islâmico tenta controlar.
Os militantes conseguiram tomar à força campos de petróleo e tubulações na Síria e têm vendido óleo para ajudar a financiar seu avanço. Fonte: Associated Press