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Milícias curdas afirmam que controlam 90% de Al Raqqa, na Síria

Há combates apenas em 10% do território da cidade, onde as milícias avançam em direção ao centro para fechar ainda mais o cerco em torno dos jihadistas

Forças da Síria Democrática inspeciona pertence de rebeldes do Estado Islâmico 10/10/2017 (Erik De Castro/Reuters)

Forças da Síria Democrática inspeciona pertence de rebeldes do Estado Islâmico 10/10/2017 (Erik De Castro/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 08h04.

Beirute - As Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança liderada por milícias curdas e apoiada pelos Estados Unidos, afirmaram nesta terça-feira que controlam 90% de Al Raqqa, cidade no nordeste da Síria que era considerada a "capital do califado" do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

A porta-voz das FSD, Jihan al Sheikh Ahmed, explicou para a Agência Efe por telefone que há combates em 10% do território da cidade, onde as milícias avançam em direção ao centro para fechar ainda mais o cerco em torno dos jihadistas.

"Nos próximos dias, seremos testemunhas da libertação de Al Raqqa, mas não podemos garantir que isto ocorrerá em uma semana, pode ser que demore um pouco mais", indicou a porta-voz.

Jihan detalhou que há enfrentamentos em alguns bairros, como Al Nahda e Al Barid, e também nos arredores do Hospital Nacional, do estádio municipal e no cruzamento de Al Naim.

A porta-voz indicou que pelo menos dez integrantes do EI morreram hoje nos confrontos, e um dos radicais se entregou às FSD.

Jihan destacou que, desde ontem à noite, as FSD libertaram 195 civis que estavam presos na cidade e apreenderam armas e munição dos extremistas.

"Entre eles (os civis), havia mercenários do 'Daesh' (acrônimo em árabe de Estado Islâmico) feridos que tentavam fugir entre os civis", detalhou a porta-voz.

As FSD iniciaram em 6 de junho uma ofensiva contra o EI em Al Raqqa com o apoio da coalizão internacional, comandada pelos Estados Unidos, e de efetivos especiais das forças americanas no terreno.

Ontem, o porta-voz da coalizão, o coronel Ryan Dillon, assegurou no Twitter que 80% de Al Raqqa estava sob controle das FSD.

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