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Metade do Executivo russo realiza reunião extraordinária

Governo russo realizou na Crimeia uma reunião extraordinária, que foi condenada pela Ucrânia

Habitantes da Crimeia comemoram vitória em referendo: "a Crimeia é nossa", publicou o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin (Viktor Drachev/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 17h24.

Moscou - Dez dias depois do presidente Vladimir Putin promulgar a incorporação da Crimeia e do porto de Sebastopol à Rússia , o governo russo realizou nesta segunda-feira na península uma reunião extraordinária, que foi condenada pela Ucrânia.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, e mais da metade dos membros de seu Executivo desembarcaram em Simferopol, a capital da rebelde região ucraniana que em 16 de março votou majoritariamente a favor de sua incorporação à Rússia em um polêmico referendo.

"Estou em Simferopol. O governo tratará hoje aqui do desenvolvimento da Crimeia", escreveu Medvedev em sua conta no Twitter para anunciar a inesperada visita.

"A Crimeia é nossa", publicou o vice-primeiro-ministro, Dmitri Rogozin, junto a uma foto sua ao lado Medvedev com o mar da região ao fundo.

Na reunião do gabinete, dedicada a analisar os problemas socioeconômicos da península, Medvedev anunciou a criação do Ministério para Assuntos da Crimeia, e designou como titular da nova pasta Oleg Saveliev.

"O desenvolvimento da República da Crimeia e do município de Sebastopol se transformou para nós em uma prioridade de Estado. Cumprir com este objetivo requer concentrar os esforços de diversas administrações e resolver objetivos intersetoriais", afirmou o chefe do Executivo russo.

O primeiro objetivo do novo ministério será coordenar o trabalho de diferentes órgãos federais da Rússia para adaptar à legislação russa aos marcos jurídico, econômico, financeiro e creditício da região, onde o rublo já circula e que atrasou em duas horas seus relógios para se ajustar ao fuso horário de Moscou.

Medvedev anunciou que se estudam possíveis opções para solucionar o problema de abastecimento de água potável na Crimeia, entre elas a de construir usina que transformaria água do mar, pois atualmente a península recebe da Ucrânia a quase totalidade de água potável e de irrigação.

"Encontraremos os meios para que nossos cidadãos na Crimeia e em Sebastopol tenham garantida água limpa e potável", afirmou o primeiro-ministro russo.

Medvedev também propôs descer os preços das passagens de avião da Rússia para a Crimeia. E prometeu vantagens fiscais para as empresas que invistam na Crimeia, com o objetivo de criar ali uma zona econômica especial.

A visita do chefe do governo russo e sua comitiva à Crimeia, que também incluiu o porto de Sebastopol, base da Frota do Mar Negro, foi condenada energicamente pelo Executivo ucraniano, que a considerou uma violação da legalidade internacional.

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Moscou - Dez dias depois do presidente Vladimir Putin promulgar a incorporação da Crimeia e do porto de Sebastopol à Rússia , o governo russo realizou nesta segunda-feira na península uma reunião extraordinária, que foi condenada pela Ucrânia.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, e mais da metade dos membros de seu Executivo desembarcaram em Simferopol, a capital da rebelde região ucraniana que em 16 de março votou majoritariamente a favor de sua incorporação à Rússia em um polêmico referendo.

"Estou em Simferopol. O governo tratará hoje aqui do desenvolvimento da Crimeia", escreveu Medvedev em sua conta no Twitter para anunciar a inesperada visita.

"A Crimeia é nossa", publicou o vice-primeiro-ministro, Dmitri Rogozin, junto a uma foto sua ao lado Medvedev com o mar da região ao fundo.

Na reunião do gabinete, dedicada a analisar os problemas socioeconômicos da península, Medvedev anunciou a criação do Ministério para Assuntos da Crimeia, e designou como titular da nova pasta Oleg Saveliev.

"O desenvolvimento da República da Crimeia e do município de Sebastopol se transformou para nós em uma prioridade de Estado. Cumprir com este objetivo requer concentrar os esforços de diversas administrações e resolver objetivos intersetoriais", afirmou o chefe do Executivo russo.

O primeiro objetivo do novo ministério será coordenar o trabalho de diferentes órgãos federais da Rússia para adaptar à legislação russa aos marcos jurídico, econômico, financeiro e creditício da região, onde o rublo já circula e que atrasou em duas horas seus relógios para se ajustar ao fuso horário de Moscou.

Medvedev anunciou que se estudam possíveis opções para solucionar o problema de abastecimento de água potável na Crimeia, entre elas a de construir usina que transformaria água do mar, pois atualmente a península recebe da Ucrânia a quase totalidade de água potável e de irrigação.

"Encontraremos os meios para que nossos cidadãos na Crimeia e em Sebastopol tenham garantida água limpa e potável", afirmou o primeiro-ministro russo.

Medvedev também propôs descer os preços das passagens de avião da Rússia para a Crimeia. E prometeu vantagens fiscais para as empresas que invistam na Crimeia, com o objetivo de criar ali uma zona econômica especial.

A visita do chefe do governo russo e sua comitiva à Crimeia, que também incluiu o porto de Sebastopol, base da Frota do Mar Negro, foi condenada energicamente pelo Executivo ucraniano, que a considerou uma violação da legalidade internacional.

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