Merkel muda política energética para tentar frear ascensão da oposição
O governo alemão aposta na extinção da energia nuclear para evitar desastres eleitorais
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2011 às 10h45.
Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, e sua coalizão conservadora-liberal decidiram mudar definitivamente sua política nuclear e apostar em energias renováveis para tentar frear sua perda de credibilidade, evitar novos desastres eleitorais e resistir à ascensão do Partido Verde.
Os veículos de comunicação e os analistas alemães falam há semanas em "blecaute" para qualificar a iniciativa do Governo de Merkel, que anunciou nesta segunda-feira a mudança de sua política energética.
Essa política se tornou problemática após a catástrofe de Fukushima, no Japão.
Merkel e sua equipe buscam desesperadamente o consenso com a oposição e, inclusive, convidaram seus líderes na noite de domingo à Chancelaria Federal para participar do debate sobre o fim da era nuclear para que a nova lei energética conte com o maior apoio possível no Parlamento.
Desde sua vitória nas eleições legislativas de setembro de 2009, a coalizão de Merkel foi perdendo popularidade de forma progressiva e a reação apressada de ditar uma moratória nuclear após a catástrofe de Fukushima e fechar oito usinas atômicas foi recebida com ceticismo pelos alemães.
Nos cinco pleitos regionais realizados neste ano, com resultados dramáticos para a coalizão conservadora-liberal em Baden-Württemberg, Hamburgo e Bremen, a coalizão de Governo constatou que a catástrofe no Japão não só fez ressurgir o movimento antinuclear alemão, como fortaleceu a oposição.
O principal beneficiado foi o Partido Verde, que alcançou níveis recorde de popularidade e vitórias eleitorais impensáveis há alguns meses.
Os alarmes na coalizão soaram após a dolorosa perda de poder, após quase 60 anos de Governo ininterrupto, no rico estado de Baden-Württemberg, berço da indústria automobilística alemã.
O chefe do Governo desse estado ao sudoeste do país é pela primeira vez na história da Alemanha um político do Partido Verde, Winfried Kretschmann.
As pesquisas indicam que, apesar das medidas adotadas, a mudança na política energética do Governo alemão não trará uma rápida recuperação da popularidade e da credibilidade de Merkel e prevêm para a coalizão uma nova derrota no pleito de setembro em Berlim.
Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, e sua coalizão conservadora-liberal decidiram mudar definitivamente sua política nuclear e apostar em energias renováveis para tentar frear sua perda de credibilidade, evitar novos desastres eleitorais e resistir à ascensão do Partido Verde.
Os veículos de comunicação e os analistas alemães falam há semanas em "blecaute" para qualificar a iniciativa do Governo de Merkel, que anunciou nesta segunda-feira a mudança de sua política energética.
Essa política se tornou problemática após a catástrofe de Fukushima, no Japão.
Merkel e sua equipe buscam desesperadamente o consenso com a oposição e, inclusive, convidaram seus líderes na noite de domingo à Chancelaria Federal para participar do debate sobre o fim da era nuclear para que a nova lei energética conte com o maior apoio possível no Parlamento.
Desde sua vitória nas eleições legislativas de setembro de 2009, a coalizão de Merkel foi perdendo popularidade de forma progressiva e a reação apressada de ditar uma moratória nuclear após a catástrofe de Fukushima e fechar oito usinas atômicas foi recebida com ceticismo pelos alemães.
Nos cinco pleitos regionais realizados neste ano, com resultados dramáticos para a coalizão conservadora-liberal em Baden-Württemberg, Hamburgo e Bremen, a coalizão de Governo constatou que a catástrofe no Japão não só fez ressurgir o movimento antinuclear alemão, como fortaleceu a oposição.
O principal beneficiado foi o Partido Verde, que alcançou níveis recorde de popularidade e vitórias eleitorais impensáveis há alguns meses.
Os alarmes na coalizão soaram após a dolorosa perda de poder, após quase 60 anos de Governo ininterrupto, no rico estado de Baden-Württemberg, berço da indústria automobilística alemã.
O chefe do Governo desse estado ao sudoeste do país é pela primeira vez na história da Alemanha um político do Partido Verde, Winfried Kretschmann.
As pesquisas indicam que, apesar das medidas adotadas, a mudança na política energética do Governo alemão não trará uma rápida recuperação da popularidade e da credibilidade de Merkel e prevêm para a coalizão uma nova derrota no pleito de setembro em Berlim.