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Merkel evita falar de sanções perante opositores ucranianos

Em entrevista, Yatseniuk explicou que, após o encontro com Merkel, "todas as opções estão sobre a mesa, inclusive as sanções"

Angela Merkel: segundo informou a Chancelaria, a chanceler ratificou perante ambos líderes políticos sua "simpatia pelas legítimas aspirações do povo ucraniano" (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 17h22.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel , recebeu nesta segunda-feira em Berlim os líderes opositores ucranianos, Vitali Klitschko e Arseni Yatseniuk, para tratar a situação desse país, mas evitou falar, por enquanto, sobre sanções contra o governo de Viktor Yanukovich.

Em entrevista coletiva posterior ao encontro com a chanceler, Yatseniuk explicou que, após o encontro com Merkel, "todas as opções estão sobre a mesa, inclusive as sanções".

No entanto, o líder do grupo parlamentar da União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler, e da União Social-Democrata (CSU) no Bundestag (câmara baixa alemã), Andreas Schockenhoff, opinou que, se há um compromisso para finalizar com a violência, "seria um erro fazer uso de sanções".

Segundo informou a Chancelaria em comunicado, Merkel ratificou perante ambos líderes políticos sua "simpatia pelas legítimas aspirações do povo ucraniano" e lhes prometeu que a União Europeia e a Alemanha farão tudo o que esteja em suas mãos para conseguir uma saída positiva à crise que assola o país.

Segundo sua opinião, o acordo para conseguir uma anistia aos detidos nas manifestações é "um passo positivo", mas é necessário avançar "de forma enérgica" na formação do governo e na reforma constitucional.

Na reunião concordaram que a situação que o país atravessa ainda é "muito tensa" e na necessidade de evitar que se retome a violência, de proteger os direitos civis e de buscar uma solução democrática à crise.

Como exige a oposição, Merkel advogou por investigar a violência empregada contra os "manifestantes pacíficos" e castigar as violações dos direitos civis básicos.

Por sua parte, Klitschko elogiou na entrevista coletiva o apoio da chanceler, já que se trata de "uma das personalidades políticas mais importantes do mundo" e expressou sua esperança em que continue o apoio na busca de uma solução para a Ucrânia.

O ex-boxeador também ressaltou a importância de que a ex-república soviética consiga estabilidade política e econômica, já que, com isso, "se obterá a estabilidade de toda a região".

Por sua parte, Yatseniuk sustentou que é necessário deter imediatamente a "violência e o derramamento de sangue".

O líder político ucraniano também pontuou que suas aspirações são a criação de um governo "transparente e pró-europeu", assim como a passagem de um sistema "presidencialista a um parlamentar" que permita levar a estabilidade política e financeira ao país.

"Depende de o presidente aceitar ou não estas medidas", ressaltou o representante opositor ucraniano, que também advertiu que continuarão lutando "até a vitória".

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Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel , recebeu nesta segunda-feira em Berlim os líderes opositores ucranianos, Vitali Klitschko e Arseni Yatseniuk, para tratar a situação desse país, mas evitou falar, por enquanto, sobre sanções contra o governo de Viktor Yanukovich.

Em entrevista coletiva posterior ao encontro com a chanceler, Yatseniuk explicou que, após o encontro com Merkel, "todas as opções estão sobre a mesa, inclusive as sanções".

No entanto, o líder do grupo parlamentar da União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler, e da União Social-Democrata (CSU) no Bundestag (câmara baixa alemã), Andreas Schockenhoff, opinou que, se há um compromisso para finalizar com a violência, "seria um erro fazer uso de sanções".

Segundo informou a Chancelaria em comunicado, Merkel ratificou perante ambos líderes políticos sua "simpatia pelas legítimas aspirações do povo ucraniano" e lhes prometeu que a União Europeia e a Alemanha farão tudo o que esteja em suas mãos para conseguir uma saída positiva à crise que assola o país.

Segundo sua opinião, o acordo para conseguir uma anistia aos detidos nas manifestações é "um passo positivo", mas é necessário avançar "de forma enérgica" na formação do governo e na reforma constitucional.

Na reunião concordaram que a situação que o país atravessa ainda é "muito tensa" e na necessidade de evitar que se retome a violência, de proteger os direitos civis e de buscar uma solução democrática à crise.

Como exige a oposição, Merkel advogou por investigar a violência empregada contra os "manifestantes pacíficos" e castigar as violações dos direitos civis básicos.

Por sua parte, Klitschko elogiou na entrevista coletiva o apoio da chanceler, já que se trata de "uma das personalidades políticas mais importantes do mundo" e expressou sua esperança em que continue o apoio na busca de uma solução para a Ucrânia.

O ex-boxeador também ressaltou a importância de que a ex-república soviética consiga estabilidade política e econômica, já que, com isso, "se obterá a estabilidade de toda a região".

Por sua parte, Yatseniuk sustentou que é necessário deter imediatamente a "violência e o derramamento de sangue".

O líder político ucraniano também pontuou que suas aspirações são a criação de um governo "transparente e pró-europeu", assim como a passagem de um sistema "presidencialista a um parlamentar" que permita levar a estabilidade política e financeira ao país.

"Depende de o presidente aceitar ou não estas medidas", ressaltou o representante opositor ucraniano, que também advertiu que continuarão lutando "até a vitória".

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